O vereador de Cuiabá, Ralf Leite (PRTB), envolvido em um escândalo sexual com um travesti de 17 anos, vai prestar depoimento na próxima semana a Polícia Militar, na sindicância aberta para investigar as denúncias feitas pelo parlamentar de que teria sido vítima de extorsão praticada por policiais militares.
Ralf chegou a ser preso na última sexta-feira (6), após ser flagrado em companhia do adolescente, em Várzea Grande. Ao deixar o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do Parque do Lago afirmou que os policiais teriam armado a situação porque se recusou a pagar R$ 600 aos militares.
O presidente da Sindicância, tenente-coronel Wilson Batista, quer que o vereador preste esclarecimentos no procedimento instaurado. Hoje, os dois policiais que participaram da ação foram ouvidos na sede do 4º Batalhão da Polícia Militar, em Várzea Grande.
O tenente-coronel Batista informou que a Polícia Militar não recebeu nenhum comunicado oficial por parte do vereador e, nem da Câmara Municipal de Cuiabá, solicitando a abertura de procedimento investigatório, mas diante das informações veiculadas pela imprensa, a PM passou a apurar a denúncia sobre o suposto pedido de pagamento.
Menor
No início desta semana, o menor também prestou depoimento e reafirmou que foi contratado pelo vereador para um programa sexual e que recebeu a quantia de R$ 30 pelo trabalho. Disse ainda que presenciou a abordagem policial e nega a informação de que os militares tenham solicitado o pagamento de propina. Confirmou ainda que Ralf teria desacato os dois soldados que atendiam a ocorrência.
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Antônio Benedito Campos Filho que a conclusão do procedimento servirá como base para futuras ações judiciais, tanto no âmbito cível como criminal. O procedimento tem prazo de 15 dias para ser concluído.