O presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP), propôs a criação de um fundo estadual de investimentos para Saúde, com funcionamento similar ao Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), a partir de acréscimo em impostos sobre produtos que causam malefícios a saúde, como bebidas alcoólicas e o cigarro.

“O percentual que temos destinado a Saúde é insuficiente. A CPI está fazendo um grande trabalho, todos nós sabemos qual é o motivo do caos da Saúde: a falta de investimento”, frisou o deputado estadual, durante o encontro dos prefeitos de Mato Grosso, organizado pela Associação Mato-grossense de Municípios (AMM).

Segundo o parlamentar, “não há outra saída para a saúde”. E aí coube, mais um vez a comparação com o Fundo de Transporte e Habitação. “Quando implantamos o Fethab teve muito produtor que reclamou. Inclusive Blairo Maggi. Mas, depois, todos viram a importância dele. E justiça seja feita, sugeriram a ampliação dele”, comparou.

Mato Groso vive um crise ímpar na âmbito da saúde. Em 2008, a greve dos médicos em Cuiabá foi o estopim para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para descobrir as causas dos diversos problemas, como, por exemplo, as filas gigantescas.

Entretanto, muito mais veio à tona, inclusive, uma suposta ‘tabela de preços’ para a contratação de médicos, no interior do estado, com diplomas bolivianos sem validação no Brasil.

Em Várzea Grande os cirurgiões também entraram em greve, mas voltaram ao trabalho mais rapidamente. Na capital os cirurgiões dentistas também declararam greve, tendo voltado ao trabalho há apenas algumas semanas.