Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 325 milhões de pessoas são portadores crônicos do vírus da Hepatite do tipo “B” e no Brasil, devem existir cerca de dois milhões de portadores da doença. Muitas pessoas podem ter o vírus, mas não apresentar os sintomas da hepatite crônica (que a longo prazo, pode causar câncer no fígado). A hepatite aguda é o estado que apresenta os sintomas como febre, vômitos, fraqueza, mal-estar, dores abdominais, perda do apetite, urina escura e icterícia (amarelão nos olhos e na pele). Uma das principais formas de contrair a doença é pela falta de higiene pessoal, transfusões sanguíneas inadequadas, uso de seringas contaminadas e vias sexuais.

A fim de alertar sobre os cuidados para evitar as hepatites A, B, C e D, a Empresa Mato-grossense de Assistência e Extensão Rural (Empaer) solicitou da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) esclarecimentos sobre a doença. “A hepatite é uma das doenças mais negligenciadas pela falta de notificação. Sabemos por estimativa que há muito mais pessoas infectadas”, ressaltou a palestrante Queli Cristina de Oliveira, da GT das hepatites virais da SES-MT.

O único tipo de vacina disponível nos postos de saúde contra a hepatite é do tipo “B”. Seu contato pode ocorrer principalmente sob a utilização de matérias não esterilizados, na manicure e pedicure, transmisão vertical (aquela passada de mãe para filho) e pessoas comunicantes (pessoas que convivem no mesmo domicílio com portadores de hepatites crônicas). A imunização contra a hepatite “B” é feita em 3 (três) doses e é necessário fazer o teste de sorologia para certificar que a pessoa está protegida do vírus da hepatite. “Esse diálogo é muito importante para nossa saúde”, destacou a servidora Shirley Ocampos, gerente de Informação e Comunicação da Empaer.