O presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), Arlan de Azevedo Ferreira, defende uma maior participação do governo federal na saúde dos Estados e municípios. Segundo ele, apenas 5,8% do orçamento federal é destinado à saúde. “O ideal seriam pelo menos 10%”, afirma Ferreira.

Aliás, aumentar o percentual para a saúde é uma das propostas das associações médicas que estão reunidas nesta terça-feira (26), em Brasília.

“Hoje há uma inversão muito grande. Os Estados repassam 12% para a saúde. Os municípios ficam responsáveis por outros 15%. Estados e municípios estão inviabilizados financeiramente para assumir sozinhos estes encargos”, destaca.

Uma das propostas defendidas pelo CRM-MT é a interiorização da atividade. Segundo ele, a proposta a ser encaminhada ao governador Silval Barbosa (PMDB) é a criação de carreiras de Estado para a classe médica atuar de forma descentralizada.

Além da interiorização, a categoria defende a criação de planos de cargos e carreira no nível estadual e a realização de investimentos nos parques de equipamentos das policlínicas e hospitais regionais.

“É preciso reestruturar a rede de assistência à saúde dos municípios saúde levando médicos para atuar nos pequenos municípios, dando estrutura física e salários melhores para estimular os profissionais a desempenhar a atividade”, defende.

O presidente do CRM-MT veio à Brasília acompanhado da corregedora do CRM, Hildete Monteiro Fortes, e do representante do CRM dentro do Conselho Federal de Medicina, José Fernando Maia Vinagre.