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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Adolescentes devem manter o sono regular mesmo durante as férias

Acordar adolescente não é fácil. Em tempo de férias é impossível. Mesmo quando dorme até tarde, Paulo tem problemas. “Não consigo muito me concentrar, não”, conta Paulo Lucas, de 13 anos.


Falta de concentração, irritação, dificuldade cada vez maior para dormir nos horários normais são alguns dos efeitos dessa troca de horários que os adolescentes fazem. Os médicos dizem que essa inversão também desregula a produção de alguns hormônios.

O hormônio do crescimento e a melatonina são responsáveis pelo desenvolvimento físico e pela organização do sono. Os dois são produzidos no cérebro, em partes diferentes.

Eles só são liberados pelas glândulas a partir do início da madrugada. O pico é por volta de duas, três horas da manhã. Para isso é preciso que a pessoa esteja em sono profundo há pelo menos uma hora.

Se o adolescente está acordado nesse horário, os hormônios não são liberados. Sem a melatonina, o cérebro fica sem a chave que inicia e fecha o sistema do sono. Por isso, dormir de dia não é a mesma coisa que dormir à noite.

“Nós estamos simplesmente talvez descansando os músculos, mas a eficácia daquele sono em termos de recuperação mental, em termos de recuperação da nossa estrutura física e mental não vai ser a mesma coisa”, explica R. Nonato Rodrigues, neurologista.

O hábito de trocar o dia pela noite também pode agravar um outro problema que tem aumentado entre os adolescentes. “Um indivíduo que tem horários errados pra dormir, ele também vai ter horários errados para se alimentar. O metabolismo energético dele vai ser alterado, ele pode vir a desenvolver obesidade”, garante o médico.

O que os pais devem fazer? Negociar, diz a psicóloga. Deixar claro que os adolescentes também precisam se desligar do mundo virtual, da tecnologia, para crescer. “Aproveitar a luz do dia, que não apenas é saudável, mas também nos convida aos exercícios físicos e a uma série de outras atividades lúdicas e muito gostosas de realizar, enfim, argumentar”, diz Ângela Branco, psicóloga.
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