A cidade de Rondonópolis já tem um Plano Municipal de Contingência da Dengue, aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde. A notícia foi apresentada ao público na tarde da última sexta-feira (21) pelo secretário de Saúde, Valdecir Feltrin. O objetivo, de acordo com o secretário, é estar preparado para atuar com possíveis novos casos da doença, mas principalmente, evitar a introdução do sorotipo 4 na cidade.
O plano de ação emergencial contempla a ativação durante os finais de semana dos Centros de Saúde da Vila São Francisco, Conjunto São José, Jardim Atlântico, Jardim Guanabara e Policlínica. “A intenção é fazer o diagnóstico com mais rapidez e desafogar o fluxo de consultas no Pronto Atendimento nos sábados e domingos”, esclarece.
A gerente do Departamento de Saúde Coletiva, Djanira Amaral Logrado, explica que a equipe estuda a possibilidade de ampliar o serviço com a abertura também do Centro de Saúde Nossa Senhora do Amparo e a contratação de um bioquímico para agilizar o resultado de exames. “Se for constatado 15 casos da doença no período de sete dias, vamos oferecer o atendimento aos sábados e domingos para que a população receba orientação médica adequada e de qualidade”, ressalta.
NOVO VÍRUS
Depois de 28 anos sem circulação no Brasil, o tipo 4 do vírus da dengue foi detectado em julho de 2010 na capital de Roraima, Boa Vista. O Ministério da Saúde confirmou dez casos no Estado. A maioria dos brasileiros não tem imunidade contra ele, o que aumenta as chances de uma epidemia. Os quatro tipos virais da dengue provocam os mesmos sintomas: dores de cabeça, no corpo, nas articulações e nos olhos, febre, diarréia e vômito. O tratamento é igual para todos os casos: repousar, hidratar-se bem e não tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, que por ter efeito anticoagulante, podem provocar sangramentos.
SERVIÇOS DESENVOLVIDOS
Desde o ano de 2009, profissionais da Secretaria de Saúde de Rondonópolis desenvolvem ações com o objetivo de evitar a transmissão da dengue no município. Mutirões para a limpeza de terrenos baldios foram feitos com frequência em diversos bairros e a Vigilância Ambiental implantou testes mensais para verificar o grau de infestação predial do aedes aegipty.
A equipe realizou também campanhas de conscientização com empresários locais para sensibilizar os caminhoneiros sobre a importância do diagnóstico em trânsito e a gravidade da doença. As Escolas Estaduais e Municipais participaram de palestras e atividades sobre a necessidade da limpeza dos terrenos e sobre os sintomas da dengue.
Na opinião da gerente do Departamento de Atenção Básica, Simone Ribeiro Resende, mesmo com todo o empenho do Poder Público, a comunidade não pode se esquecer de fazer sua parte. “O mosquito só vai se proliferar se nós não fizermos nossa parte. Não devemos deixar água e nem sujeira acumulada”, disse.