Médicos, enfermeiros, odontólogos, populares e profissionais da saúde promoverão uma grande passeata pelas ruas da Capital nesta quinta-feira (17). O protesto está sendo encabeçado pelo Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), que luta contra ao novo modelo de gestão da saúde que está sendo implantado pelo Governo do Estado.

A concentração acontecerá na Praça Ulisses Guimarães, em frente ao Shopping Pantanal, às 13h. De lá, marcharão até a Assembleia Legislativa, participarão de audiência pública com os deputados estaduais.

O sistema proposto pelo secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, consiste na ‘terceirização’ dos serviços, que passarão a serem desenvolvidos por Organizações Sociais (OSs). No entanto, a Lei Federal 8080 proíbe a contratação de profissionais que atuem em áreas fim, caso dos médicos. Além disso, a Constituição Federal em seu artigo 192 garante que saúde é direito do povo e dever do Estado.

Diante desses fatores, a categoria médica decidiu entrar em greve por tempo indeterminado. “O secretário de Saúde afirma que nós estamos interessados apenas na implantação do nosso Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). Mas não é apenas isso. Esse é uma das lutas que temos encampadas há meses, mas nem por isso decidimos entrar em greve. O que nós somos contra é esse modelo, que favorece o conluio com empresários”, ponderou o presidente do Sindimed-MT, Edinaldo Lemos.

Assim como os médicos, os Servidores da Saúde, filiados ao Sisma, aprovaram o indicativo de greve e devem endossar a paralisação, juntamente com os demais profissionais de saúde.

Além disso, o Ministério Público Estadual obteve uma liminar na Justiça proibindo a contratação, via OS, de profissionais para o Hospital Metropolitano, de Várzea Grande. É que Henry não levou a discussão sobre a terceirização para o Conselho Estadual de Saúde, abafando a voz da população; maior interessada na melhoria do Sistema Único de Saúde (SUS). As informações da assessoria