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Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Pesquisadores apresentam o maior dinossauro carnívoro brasileiro

Cientistas brasileiros anunciaram na manhã desta quarta-feira (16) a descoberta de diversas novas espécies pré-históricas em território brasileiro, entre elas um dinossauro, o maior já encontrado no país. Os pesquisadores também mostraram os fósseis de um lagarto e de um crocodilomorfo.


Apresentados pela ABC (Academia Brasileira de Ciências) e pelo Museu Nacional/UFRJ, os trabalhos científicos fazem parte, junto com outras 17 publicações, dos Anais da Academia Brasileira de Ciências, uma das revistas científicas mais antigas do Brasil.
Os fragmentos dos fósseis do novo dinossauro - batizado de Oxalaia quilombensis - foram encontrados na localidade conhecida como Lage do Coringa, na ilha do Cajual, no Estado do Maranhão. De acordo com os cientistas, esse tipo de animal era carnívoro e habitou o planeta há cerca de 95 milhões de anos.

Os especialistas estimam que esse dinossauro apresentava, em média, de 12 a 14 metros de comprimento, e pesava cerca de seis toneladas, o que o torna o maior já encontrado no país. A presença dessa nova espécie aumenta a diversidade desse grupo de dinossauros, que é comum no Brasil e na África.

Foram apresentados também fósseis fragmentados de um lagarto, descoberto na região de Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Batizados como Brasiliguana prudentis, esses animais habitaram o local há cerca de 65 milhões de anos.

Penas fossilizadas

Os cientistas também mostraram penas fossilizadas, cujo processo de preservação é extremamente raro. Esses fósseis foram encontrados na Bacia do Araripe, localizado na região Nordeste do Brasil. A descoberta gera expectativas sobre novos registros que apontam para outros organismos que possuíam penas.

Outra importante descoberta anunciada nesta segunda foi o crocodiloformo, uma espécie do jacaré que conhecemos hoje. Esses fósseis também foram encontrados na região de Presidente Prudente e Pirapozinho, no interior de São Paulo, e permite fornecer novos dados ao conhecimento da geologia e ao estudo da evolução dos vertebrados.

De acordo com a pesquisadora Juliana Sayão, da Universidade do Maranhão, responsável pelo estudo da descoberta de penas fossilizadas, essas descobertas vão mudar alguns paradigmas que já existem em nível mundial.

- Existe uma cultura de que o Brasil não faz ciência. É importante que uma iniciativa como essa seja feita não só na área paleontológica como outras áreas da ciência, ajudando a divulgar a pesquisa brasileira.
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