Cientistas norte-americanos mostraram que existe relação entre rejeição social e dor física. O estudo mostrou que ambas as experiências são fundamentadas pelas mesmas regiões do cérebro. A pesquisa foi conduzida por psiquiatras de diferentes universidades e institutos e publicada nesta segunda-feira pela revista científica “PNAS”.

Os pesquisadores examinaram 40 pessoas que tinham terminado uma relação afetiva, sendo que gostariam de tê-la continuado, e afirmaram que se sentiam rejeitadas por isso. Submetidos a ressonância magnética para mapear o cérebro, os participantes passaram por dois testes: o de rejeição social e o de dor física.

No teste de rejeição social, eram mostradas fotografias do ex-parceiro e, em seguida, de algum amigo que fosse do mesmo sexo que o ex-parceiro. No de dor física, foram feitas simulações de temperaturas no antebraço esquerdo; uma muito quente, nociva, e a outra apenas quente, não nociva. Numa escala de cinco pontos, os examinados definiram seu nível de sofrimento.

Pelos relatos dos participantes, os cientistas tiveram a percepção de que a comparação era cabível, ou seja, que a diferença entre os estímulos de temperatura era, de certa forma, quantitativamente semelhante à diferença entre pensar no amigo ou no ex-parceiro.

Analisando os resultados da ressonância magnética, os pesquisadores viram que, nos dois casos, foram acionados os mesmos receptores sensoriais.

Segundo o estudo, os resultados mostram que a rejeição social e a dor física são semelhantes não só pelo sofrimento causado, o que já era sabido, mas avança ao mostrar também têm uma representação em comum no sistema nervoso.