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Quarta-feira, 03 de julho de 2024

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Terremoto de março, no Japão, separou falha geológica no Pacífico

O terremoto de 9 graus que sacudiu o nordeste do Japão, em 11 de março, causou a separação de uma parte de uma falha geológica que se estende pelo leito do Pacífico. A informação aparece num artigo científico publicado esta quarta-feira.


O terremoto aconteceu num trecho da chamada Trincheira do Japão, onde a placa do Pacífico desliza por baixo da placa Okhotsk, sobre a qual fica o arquipélago japonês.

Dados fornecidos por uma rede de estações de GPS, espalhados pelo Japão e denominada GeoNet, ajudaram a revelar detalhes de onde o terremoto ocorreu e o que aconteceu.

A modelagem das pressões e tensões abaixo da ilha de Honshu, à medida que a falha se partiu, demonstra que o epicentro se encontrava no leito marinho, cerca de 200 km ao leste de Sendai, que fica no nordeste da ilha.

Terremotos com magnitude 9 ou superior são raros, e eles são capazes de rachar o leito marinho em centenas de quilômetros. O maior já registrado, um evento de 9,5 graus de magnitude detectado na costa sul do Chile em 1960, rompeu o limite da placa em mais de mil quilômetros.

O sismo de 11 de março, no entanto, aponta para uma zona de deslizamento de 400 km de extensão por 200 km de largura. Mas o que faltou em tamanho foi compensado em termos de movimento, já que a energia liberada ocorreu menos de 20 km abaixo do fundo do mar.

O fundo do mar no epicentro deslocou-se por impressionantes 27 metros, provocando o deslocamento de água que explica porque o tsunami que se seguiu foi tão grande.

O sistema GeoNet utiliza sensores de posicionamento para fazer um mapeamento milimétrico dos movimentos do solo. Nos 15 anos que antecederam o terremoto de 11 de março, o sistema demonstrou uma lenta escalada da tensão em Honshu, quando a poderosa placa do Pacífico comprimiu e puxou o flanco leste da ilha.

Evidências geológicas do passado distante sugerem que a Trincheira do Japão era propensa a sofrer com terremotos fortes, mais muito raros, geradores de tsunamis. Mas, com a possível exceção de um sismo em 869 d.C., não há evidências documentadas para sustentar esta suspeita. Sendo assim, o risco foi ignorado ou subestimado.

O estudo, publicado na revista científica "Nature", foi liderado por Shinzaburo Ozawa, da Autoridade de Informação Geoespacial do Japão, situada em Tsukuba.
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