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Domingo, 25 de agosto de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

'O melhor brinquedo é ter alguém disponível a brincar', diz educadora

A educadora e pesquisadora de brinquedos e brincadeiras Renata Meirelles deu mais dicas sobre atividades de lazer e aprendizagem para as férias. Ela sugeriu reorganizar espaços e ativar a imaginação: transformar ambientes já conhecidos em “castelos” ou lugares para se esconder, sem esquecer da segurança.


Espaços públicos e externos, como parques, praças, ruas, escolas ou unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc), são ótimas opções para conhecer outras crianças e trocar experiências. Quanto mais variado for o grupo, melhor e mais rica tende a ser a atividade. Adultos também devem ser incluídos, para que a troca seja ainda maior.

A melhor brincadeira para um pai sugerir ao filho é aquela que ele mais gostava de fazer quando era pequeno. Pode ser pular elástico, cantar, construir algum brinquedo ou contar histórias. O importante é alimentar a infância dessa criança e mostrar com o que você brincava naquela época, com quem e como eram as brincadeiras.

Os adultos também devem perguntar o que eles já sabem e gostam de fazer nos tempos livres. Segundo Renata, o melhor brinquedo para uma criança é alguém disponível a brincar com ela, a sentar no chão e dialogar.

Os bebês são muito táteis e orais, por isso as mães devem conversar com eles, contar histórias e cantar para eles, independentemente da idade. A criança vai entender que há comunicação e uma relação afetiva, mesmo que não entenda o que está sendo dito.

Fazer pequenos movimentos, toques, expressões faciais são ótimas formas de incentivar essa interação, em momentos diversos ou específicos, como no banho ou na troca de fralda.

Normalmente, quem divide as brincadeiras por faixa etária é mais o adulto que a criança – que prefere fazer essa separação por interesses, habilidades ou oportunidades. Quanto mais misturadas estiverem as idades, maior será o entendimento desse indivíduo sobre o que ele já é capaz de fazer, o que ainda pode aprender e o que consegue ensinar.

A brincadeira deve ser algo livre, espontâneo e aberto, que proporcione alegria. É indicado observar as práticas em que cada um é bom e desenvolver esse potencial. A educadora destacou, ainda, que videogames são bons, mas têm o risco do vício e do excesso, já que as crianças precisam de ação e movimento corporal no dia a dia.

Em seu livro “Giramundo”, vencedor de um Prêmio Jabuti, Renata pesquisou como as crianças brincam Brasil afora. Entre as regiões do país, há diferenças, mas principalmente similaridades. As diversidades se concentram nos materiais, no tempo para brincar e no espaço utilizado (cidade, zona rural, floresta, montanha ou praia), que influencia as atividades.

Passo a passo
Renata ensinou a confeccionar o paraquedas mostrado no Bem Estar desta segunda-feira (4). Os itens necessários são: sacola plástica, fio de linha, tesoura e massinha de modelar (que pode ser substituída por uma pedrinha ou um boneco).

A maior dificuldade desse brinquedo é dar os nós no plástico, o que pode ser feito por uma criança mais velha ou um adulto.

A educadora mostrou também como fazer um peão com tampa de garrafa e palito de dente, e uma peteca de retalhos, penas e barbante. Por fim, ensinou a confeccionar um elástico de 3 metros e um barbante "mágico".
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