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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Peru recebe elogios por conservar florestas de mogno

A Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES, na sigla em inglês) elogiou os esforços do Peru para evitar o desaparecimento de suas florestas de mogno por causa da extração indiscriminada da madeira. Nesta sexta-feira, o comitê da convenção concluiu em Genebra suas reuniões anuais que se estenderam por uma semana com a participação de 300 representantes de 172 países-membros da convenção, de ONGs, órgãos intergovernamentais e empresas.


Em 2010, o comitê expressou nas reuniões em Doha sua preocupação com a situação das florestas de mogno no Peru, cuja sobrevivência estava em perigo pelo grande volume de comércio - grande parte ilegal - desta madeira, quando o Peru era o primeiro exportador mundial de mogno. A convenção advertiu o Peru sobre a possibilidade de punição se não adotasse três ações para preservar a população de mogno: criar um sistema de informação confiável sobre a situação da espécie e os volumes de comércio, implementar uma regulamentação do comércio e reduzir as cotas de exportação para permitir a regeneração da mata.

A presidente do Comitê Permanente Regional da América do Sul nestas reuniões da CITES, a colombiana Xiomara Sanclemente, contou que o Peru colocou em prática todas as exigências "em prazo recorde".

"Isto proporcionou o reconhecimento de todos os países da convenção, como os Estados Unidos e o Reino Unido", informou Xiomara. Os testes de extração prejudicial foram considerados importantes. Esses exames permitem saber a quantidade de madeira a ser extraída das florestas sem colocar em risco a sobrevivência e regeneração das espécies. Pelos resultados dos exames, o Peru estabeleceu cotas à exportação de apenas 1% de sua população de mogno, o que fez com que caísse de 1º para 4º posto de exportadores mundiais desta madeira, atrás do México, Guatemala e Bolívia.

Além disso, Xiomara explicou que o Peru aprovou um decreto presidencial que regula o comércio de mogno, para por fim ao tráfico ilegal, além de criar um departamento governamental específico sobre assuntos florestais. Para a especialista, o país foi um exemplo de como um estado com poucos recursos pode por em prática medidas tão ambiciosas como estas, em busca da conservação, trabalho para a que contou com a assessoria da Organização Internacional de Madeiras Tropicais e da secretaria da CITES.
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