Logo após o programa desta quinta-feira (1º), a pediatra Ana Escobar comentou as dúvidas das pessoas sobre saliva. Segundo ela, alguns têm mais fluido que outros por uma questão genética, da mesma forma como ocorre com o suor.
Apesar de ser feita de 99% de água, a saliva não mata a sede, pois já faz parte da composição normal do corpo, que precisa de mais água para suas demais funções orgânicas e metabólicas.
Grávidas podem salivar mais, por uma questão de mudanças hormonais dessa fase. E os bebês salivam bastante, a ponto de babar, porque ainda não têm o reflexo de engolir esse fluido (o movimento de deglutição é aprendido com o tempo – em até 2 anos) e também porque podem produzir mais quando os dentes estão nascendo.
Nos idosos, pode haver menos produção de saliva, que pode se tornar mais espessa, o que dificulta o ato de engolir e pode causar engasgos. Tomar água é uma boa solução. Ingerir pouca água diminui a quantidade de secreções em geral (como suor, urina, lágrimas) não só a saliva, que pode ficar mais grossa.
Quem transpira mais não saliva mais, destacou a pediatra. Para evitar cuspir em outra pessoa ao conversar, é recomendado ficar atento, falar devagar e cuidar para conseguir se expressar e também engolir a saliva. Aparelhos ortodônticos podem, ainda, estimular essa produção, disse Ana.
Alimentos muito salgados exigem muita água do organismo, o que acaba deixando a boca mais seca. Já frutas cítricas (como laranja, limão e abacaxi), pimenta e produtos termogênicos (que produzem calor) aumentam a salivação.
Dependendo da composição da saliva, um indivíduo pode ter mais cáries e tártaro – por isso, a higienização da boca e a ingestão de água são fundamentais. O fungo que provoca o sapinho é transmitido pela saliva e pode ocorrer tanto em crianças quanto em adultos (sobretudo entre os que estão com a resistência baixa). Esses micro-organismos gostam de ambientes ácidos, úmidos e quentes.
Segundo a médica, quando uma pessoa mastiga goma de mascar acaba induzindo o estômago a produzir suco gástrico e se preparar para a digestão, o que, se for muito constante, pode desencadear azias, gastrite ou outros problemas.
Enjoos estimulam a saliva, enquanto álcool e ressaca deixam a boca mais seca. Quem usa dentadura e pouca saliva tem mais dificuldade para manter o objeto bem ajustado, explicou a pediatra.
