Começa nesta terça-feira (27), em Los Angeles (EUA) o julgamento do médico de Michael Jackson. Ele é acusado de homicídio culposo. Se for condenado, pode pegar até quatro anos de cadeia.

“Doutor Conrad Murray, o senhor aplicou uma superdose do anestésico propofol em Michael Jackson?” – quem responde é o advogado do médico, Ed Chernoff: “Não há hipótese. De forma alguma, Conrad Murray aplicou uma super dose de Propofol e saiu do quarto”. Ele deu 25 miligramas, completa o advogado, só que na autópsia foi encontrada uma quantidade bem maior. Vai ser em torno dessa discussão o julgamento que começa nesta terça-feira (27).

Às 8h45, na Califórnia (12h45, no horário de Brasília), o ex-médico particular de Michael Jackson vai sentar no banco dos réus para responder à acusação de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Ele deu calmantes fortíssimos ao cantor na madrugada do dia 25 de junho de 2009.

Os 12 jurados já foram escolhidos. São sete homens e cinco mulheres. Seis declararam que eram fãs de Michael Jackson. O julgamento na corte de Los Angeles deve durar cinco semanas. A sentença de Conrad Murray vai sair no fim de outubro e ele será absolvido ou condenado pela morte do rei do pop.

A defesa do médico vai tentar provar que o culpado pela morte de Michael Jackson foi o próprio cantor. “É possível uma pessoa injetar droga nela mesma? Sim, sim”, perguntou e respondeu Ed Chernoff.

Em uma entrevista à agência Associated Press, o irmão de Michael Jackson, Jermaine Jackson rebateu: "Ele não tomou remédio por conta própria. Deram propofol ao meu irmão? Tudo bem se ele estivesse em boas mãos, nas mãos de anestesistas. Mas em mãos erradas é fatal. É como bala de revólver: mata. E Conrad Murray não é anestesista. É cardiologista”.