Médicos da Santa Casa de Rondonópolis ameaçam paralisar as atividades por falta de pagamento. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) está há dois meses sem repassar recursos a unidades hospitalar, em que o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) corresponde a mais de 70% dos atendimentos.

A situação crítica da unidade foi exposta pelo vereador Hélio Picchioni (PR), que também é médico e atende na unidade, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (28). “Um colega anestesista se recusou a fazer a terceira cirurgia. Tivemos que avisar na enfermaria para a paciente que a cirurgia dele seria remarcada”, contou.

Amanhã à tarde os médicos devem realizar assembleia para discutir a situação. “Há a possibilidade de deixar de serem realizadas as cirurgias eletivas, só as emergenciais como os partos seriam mantidas”, comentou.

Apesar de deixar claro que não gosta de greves, o vereador entende que ninguém gosta de ficar trabalhando sem receber. Em média são realizados de 20 a 30 cirurgias no local. A Santa Casa de Misericórdia atende cirurgia de varizes, otorrino, ginecológicas, retirada de tumores, vasectomia, laqueadura, dentre outros casos eletivos, aqueles com condições de serem marcados sem muita urgência.

A assessoria de imprensa da SES informou que houve um problema para liquidar a dívida, mas que a secretaria junto a Secretaria de Fazenda (Sefaz) estaria resolvendo o suposto problema. A previsão é que o repasse dos dois meses atrasados será feito nesta quinta-feira (29).