Dias quentes e chuvosos são muito favoráveis à proliferação do mosquito da dengue. E, para evitar uma possível epidemia neste verão, cada pessoa precisa fazer a sua parte, promovendo uma blitz constante dentro e fora de casa.
Segundo a infectologista Rosana Richtmann, presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, é importante não só prevenir a doença, mas saber identificá-la. Por isso, ela mostrou como é o teste rápido, a olho nu, feito nos prontos-socorros para diagnosticar os pacientes.
Essa "prova do laço", porém, não deve ser feita em casa. Além disso, em pessoas negras ou muito idosas, pode não funcionar direito.
O ciclo de vida do mosquito, do ovo à fase adulta, leva de sete a dez dias. Se a verificação e a eliminação dos criadouros for realizada uma vez por semana, é possível interromper esse processo.
O ovo do Aedes aegypti é escuro e menor que um grão de areia, razão pela qual é difícil enxergá-lo. Ele é depositado nas paredes do criadouro, que deve ser escovada para a remoção.
Em contato com a água, se ficar no prato, o ovo pode eclodir em dez minutos. E esse é o tempo recomendado para uma checagem semanal em possíveis focos, a fim de combater a proliferação. Aqui, você pode imprimir uma lista de lugares na sua residência que devem ser monitorados.
A partir da eclosão dos ovos, nascem as larvas, que vivem na água. Por terem tamanho reduzido, semelhante à cabeça de uma agulha de costura, dificilmente são vistas. Não gostam de luz forte, e por isso fogem para as beiradas quando se abre a caixa d'água.
No Rio de Janeiro, que prevê uma explosão de casos nos próximos meses, a repórter Marina Araújo acompanhou uma blitz de fiscais da dengue e descobriu armadilhas que podem servir de berço para o Aedes aegypti.
O Rio é o estado campeão no número de casos de dengue. De janeiro a outubro de 2010, foram registrados 26.512 casos. No mesmo período deste ano, o número subiu para 155.771 registros.