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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Governo pagará R$ 50 para gestantes se deslocarem até unidades de saúde

O governo vai pagar uma ajuda de custo, no valor de R$ 50, para o deslocamento das gestantes brasileiras até a unidade de saúde mais próxima. O pagamento será feito em parcelas, para estimular a mulher grávida a fazer todos os exames pré-natais. Para receber o beneficio, será preciso se inscrever em um cadastro nacional. O inicio dos pagamentos está previsto para março.


No Brasil, a cada 100 mil partos, morrem 74 mulheres. A gravidez da dona de casa Regina Alves de Oliveira, por exemplo, é de risco. Ela mora em Luziania, próximo à Brasília. “Eu entrei em trabalho de parto, prematuro, aí tive que ir para Brasília, porque lá não tem UTI neonatal”, conta. As viagens para Brasília custam caro - com acompanhante fica R$ 17, a ida e a volta.

O pagamento será dividido para tentar inibir um comportamento comum: muitas grávidas fazem uma consulta no início da gestação e só procuram o médico novamente quando já estão quase ganhando o bebê. Essa atitude é um erro, já que a saúde da mulher e do filho exige cuidado em todas as fases da gravidez. “No ato da inscrição do pré-natal, a gestante já tem direito a primeira parcela de R$ 25. Entre o 6º e o 7º mês, ela vai ter acesso à segunda parcela, que corresponde ao auxílio para elas poderem se deslocar para a maternidade no momento do parto”, explica Fausto dos Santos, assessor especial do Ministério da Saúde.

Na primeira fase - entre a 1ª e a 13ª semana de gestação - é quando existe o maior risco de aborto e também de uma eventual doença infecto-contagiosa, que pode prejudicar a formação do bebê. Entre a 14ª e a 26ª semana, os cuidados devem ser mantidos e a mulher se prepara para o parto. A última fase vai da 27ª a 42ª semana e, nesse período, toda atenção é pouca. É quando ocorrem os partos prematuros e quando a mulher pode desenvolver diabetes gestacional ou ter aumento da pressão arterial.

De acordo com os médicos, ao longo da gravidez, a mulher deve tomar quatro tipos de vacinas, fazer no mínimo seis exames de sangue e duas ecografias. “Isso é um ato realmente de carinho, de amor, com ela mesma e com o bebê”, opina o obstetra João Rocha.
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