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Domingo, 21 de julho de 2024

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Falhas na memória podem ocorrer antes dos 45 anos, diz pesquisa

“Eu já me esqueci do aniversário dos meus filhos. Do dia 21 eu mudo para o dia 22. É gravíssimo”, reconhece a secretária Carmem Síliva Dionisio. “Eu entrei no banco, fui sacar um dinheiro, fiz todo o procedimento e esqueci o dinheiro no caixa. Perdi o dinheiro”, conta o segurança Luís Antonio Alves Brito.

Uma pesquisa detectou quando os brancos que dão na memória deixam de ser simples esquecimentos, como o Alzheimer. O estudo concluiu que a memória começa a falhar antes do que se imaginava, á por volta dos 45 anos. Mas será que dá para evitar ou atrasar essa perda?


“Eu já me esqueci do aniversário dos meus filhos. Do dia 21 eu mudo para o dia 22. É gravíssimo”, reconhece a secretária Carmem Síliva Dionisio. “Eu entrei no banco, fui sacar um dinheiro, fiz todo o procedimento e esqueci o dinheiro no caixa. Perdi o dinheiro”, conta o segurança Luís Antonio Alves Brito.

Os médicos acreditavam que esse tipo de esquecimento e a falta de memória só ocorriam com quem já tivesse passado dos 60. Mas uma pesquisa recente comprovou que pode acontecer bem antes: perto dos 45 anos de idade.

Os cientistas britânicos avaliaram a memória, o vocabulário e as habilidades de compreensão de 7,4 mil pessoas durante dez anos. Os resultados apontaram que parte dos que tinham entre 45 e 49 anos já apresentavam uma diminuição no raciocínio.

Para os pesquisadores, isso significa que a demência não é um problema exclusivo da velhice, mas um processo que começa décadas antes. Para o neurocirurgião Ivan Okamoto, da Academia Brasileira de Neurologia, essa pesquisa muda o foco do tratamento de pessoas com doenças degenerativas, como o Alzheimer.

“Quem sabe daqui a alguns anos vamos achar uma medicação, uma intervenção, alguma modificação que a gente consiga estabilizar ou interromper um processo degenerativo que está ocorrendo na pessoa e que vai culminar dali a 10 ou 15 anos com a doença de Alzheimer”, afirma o neurocirurgião Ivan Okamoto.

Hábitos saudáveis como não fumar, fazer atividade física três vezes por semanas e ter uma alimentação rica em frutas, verduras e peixes podem reduzir os riscos de doenças degenerativas. A administradora de empresas Karen Rabe, de 76 anos, faz tudo isso. Ela ainda trabalha de segunda a sexta, faz inglês e acha tempo para viajar com amigas e se divertir com os sete netos. Trata-se de um exemplo de como envelhecer com saúde.

“A vida é saudável. Você tem que fazer algum tipo de exercício também. Seu pensamento tem de ser positivo. Eu sou muito otimista e isso ajuda muito. Você tem de se gostar. Em se gostando, é tudo mais fácil”, completa Karen Rabe.

Entre as pessoas com 65 e 70 anos, o declínio mental foi de 9,6% entre os homens e de pouco mais de 7% entre as mulheres. Ou seja, o cérebro feminino também envelhece melhor.
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