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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Vigilância alerta para presença do mosquito transmissor

Em julho de 2011 foi registrado em Barra do Bugres o primeiro caso de leishmaniose visceral da história do município. O paciente era uma criança de 11 meses de idade, moradora do Jardim Paraguai. A Vigilância em Saúde realizou um estudo no bairro para descobrir se havia cães naquela região portando o transmissor da Leishmaniose (popularmente conhecida por Calazar), a Leishmania sp (na área urbana o cachorro é o portador mais próximo do ser humano).


Foram coletadas amostras de sangue de 91 cães das residências localizadas no raio de 200 metros da casa do paciente e o material enviado ao MT-Laboratório. O resultado dos exames indicou um cachorro positivo. A partir do resultado, equipe da Secretaria de Estado de Saúde (SES) esteve no município no mês de dezembro para colocar armadilhas em algumas residências nos bairros Beira Rio, Nova Esperança, Maracanã e Jardim Paraguai. Exemplares da espécie do mosquito transmissor da leishmaniose tegumentar foram encontrados nos bairros Beira Rio e Nova Esperança e o vetor da leishmaniose visceral foi encontrado no Jardim Paraguai.

De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde, Mara Silva de Souza, o fato de o mosquito ter sido encontrado não significa que ele esteja contaminado. Todas as unidades do Programa de Saúde da Família (PSF) do município estão sendo notificadas e alertadas sobre esta pesquisa para fiquem alertas e possam realizar o diagnóstico precoce caso algum paciente apresente sintomas característicos de leishmaniose visceral.

O mosquito, popularmente chamado de mosquito-palha, é de tamanho pequeno e de cor clara (Lutzomia longipalpis e L. cruzi), vive em ambientes escuros, úmidos, com acúmulo de lixo orgânico, dejetos de animais e saneamento básico precário ou inexistente. As fêmeas se alimentam do sangue do animal e transmitem a doença ao ser humano ao picá-lo.

A doença provoca o aumento dos órgãos linfáticos (fígado, baço e linfonodos – pequenos órgãos perfurados por canais que existem em diversos pontos da rede linfática). Os sintomas são febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento, dores muito fortes, aumento do abdômen e pele amarelada. No caso da leishmaniose visceral existe tratamento para os humanos, porém não há para o cachorro. Se a doença não for tratada pode levar a morte.

A criança que contraiu a leishmaniose visceral em Barra do Bugres foi tratada e já se recuperou. O cão contaminado foi eutanasiado pelo médico veterinário da Secretaria Municipal de Saúde dentro de técnicas éticas e humanitárias, conforme recomenda o manual do Ministério da Saúde. Mara alerta a população para que tome alguns cuidados já que o mosquito vetor está presente no município.

Recomendações

A Vigilância em Saúde recomenda a população para que limpe os quintais periodicamente para evitar ocorrência de ambiente propício à proliferação dos flebotomíneos e mantenha os abrigos dos animais domésticos longe da casa.
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