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Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Norte-africanos podem ter fabricado iogurte há 7 mil anos

O iogurte pode ter feito parte do cardápio dos norte-africanos por volta de 7 mil anos atrás, de acordo com um estudo feito em cerâmicas publicado pela revista científica “Nature”.


A bebida láctea fermentada deixou vestígios de gordura em fragmentos de cerâmica, sugerindo que os habitantes da região podem ter evoluído para tolerar o leite na idade adulta.

Uma equipe da Universidade de Bristol, no Reino Unido, analisou fragmentos de cerâmica que datam de 5,2 mil a 3 mil anos a.C., extraídos do abrigo rochoso Takarkori, nas montanhas Acacus, no sudoeste da Líbia. Embora hoje essa região seja parte do deserto do Saara, há 7 mil anos ela teria sido uma exuberante paisagem, capaz de alimentar animais que produziam leite.

Os mesmos pesquisadores já haviam identificado as primeiras evidências de produção leiteira em fragmentos de quase 9 mil anos em Anatólia, onde hoje fica o território oriental da Turquia.

Mas os resultados de 7 mil anos atrás são anteriores até mesmo ao surgimento e à disseminação das variantes de genes necessários para a população adulta digerir a lactose existente no leite, diz o arqueólogo biomolecular Richard Evershed.

O autor, que comandou o estudo com a cientista arqueológica Julie Dunne, sugere que fazer iogurte pode ter feito os produtos lácteos mais digeríveis.

“Eles podem ter consumido leite, mas isso pode tê-los feito passar mal. Talvez o processamento do leite tenha sido feito para reduzir o teor de lactose”, disse.
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