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Sábado, 20 de julho de 2024

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SC tem 6 vezes mais mortes por gripe A que vizinhos RS e PR


Santa Catarina registrou, do início do ano até esta quinta-feira, 33 mortes em decorrência do vírus influenza A H1N1, a gripe suína. O número é seis vezes maior que o contabilizado no mesmo período no Rio Grande do Sul e no Paraná, Estados que registraram cinco óbitos pela doença cada.

De acordo com boletim divulgado hoje pela Secretaria de Saúde de Santa Catarina, 365 casos da doença foram notificados desde janeiro, sendo 43 em Blumenau, 23 em Fraiburgo e Videira, 19 em Itajaí, e 14 em Criciúma, Brusque e São José. A cidade com mais casos fatais é Blumenau, com seis mortes, seguida de Tubarão e Videira, com duas cada.

Embora as mortes em Santa Catarina já tenham sido confirmadas e registradas no âmbito estadual, elas ainda não foram contabilizadas por completo pelo Ministério da Saúde. Segundo o último levantamento da pasta, de 29 de maio, quatro óbitos tinham ocorrido na região.

Conforme a diretora de Doenças Imunopreveníveis e Imunização da secretaria, Luciana Amorim, é normal que ocorram surtos esporádicos e localizados depois de uma pandemia, como a que ocorreu em 2009. "É esperado, assim como pode ter surto por outros vírus sazonais", afirmou ao Terra.

Além disso, aponta a diretora, os casos podem ser notificados mais rapidamente em Santa Catarina devido à preocupação da população com a doença. "Qualquer caso que bata em um centro de saúde acaba notificado com mais facilidade, já que deixa todo mundo muito mais preocupado", afirmou.

Luciana destaca que os casos ocorrem mais em municípios de grande circulação de pessoas também de outras partes do País. Há concentração de infectados em cidades do Vale do Itajaí, que é uma região portuária e de indústria.

A diretora afirmou, ainda, que as doenças respiratórias historicamente fazem mais vítimas fatais em junho, julho e agosto, mas que o alerta com a H1N1 deve ser constante. "A preocupação existe porque a H1N1 atinge um grupo que não era atingido por outros vírus, que são os adultos jovens." A secretaria disponibiliza vacinas contra o vírus para crianças, idosos, gestantes e pessoas com doença crônica - integrantes do grupo de risco da doença.

Há uma semana, o Ministério da Saúde enviou dois técnicos a Santa Catarina para ajudar na análise dos casos e para traçar um perfil das vítimas fatais da doença. Nesta quinta-feira, eles estavam em Blumenau, a cidade mais afetada.

Contágio e precauções
Como o contágio se dá como em uma gripe comum - por espirro, tosse ou após o contato com a secreção respiratória de uma pessoa infectada - os cuidados com a higiene pessoal são imprescindíveis para a não proliferação. Entre as precauções estão: lavar as mãos com água e sabão depois de tossir ou espirrar, depois de usar o banheiro, antes de comer e antes de tocar os olhos, boca e nariz; evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies; e usar lenço de papel descartável para proteger a boca e nariz ao tossir ou espirrar.

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