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Sábado, 20 de julho de 2024

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Após restrição, Inmetro autoriza a 1ª empresa a vender prótese mamária

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) autorizou, na quinta-feira (28), a empresa Lifesil, com sede em Curitiba, a comercializar implante de silicone em território nacional. Esta é a primeira liberação desde março de 2012 quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a importação e comercialização de próteses mamárias das marcas PIP (Poly Implant Prothèse) e Rófil.


A interrupção foi determinada depois que mulheres em todo o mundo tiveram problemas de rompimento nos implantes. A partir de então, por determinação da Anvisa, a venda dos silicones no mercado brasileiro ficou condicionada a certificação do Inmetro. O fundador da marca francesa PIP chegou a admitir que usava silicone adulterado.

Os testes são feitos por diferentes laboratórios e no caso da Lifesil os exames foram realizados pelo Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ), em São Paulo. A certificação é válida até junho de 2017.

Entre os itens analisados estão a caracterização química de materiais e limites máximos de metais pesados, integridade para o material de membrana (alongamento, tração, resistência), impacto para implantes no estado implantável, biodegradação e contaminação de partículas.

“Isso é uma conquista mundial, porque uma empresa nacional saiu na frente das multinacionais”, avaliou o proprietário da empresa, Jorge Wagenfuhur, que também é cirurgião plástico. Atualmente, a indústria produz, em média, seis mil próteses por mês e vende para diferentes estados do país. Depois do Paraná, o estado que mais compra o produto curitibano é Goiânia.

Segundo Wagenfuhur, após os incidentes com a PIP e a Rofil e a regulamentação da Anvisa, a equipe – que acreditava na qualidade do produto – se organizou para conseguir a certificação junto ao Inmetro. A empresa que deseja o selo deve requisitá-lo junto ao Inmetro. Wagenfuhur explicou ao G1 que as próteses têm como matéria prima silicone liquido e que todo o processo de produção leva cerca de 30 dias.

A empresa curitibana atua no mercado há sete anos, sendo que há três comercializa próteses de silicone. A experiência de Wagenfuhur como cirurgião plástico foi levada para a fábrica. Segundo ele, há alguns anos era comum falta prótese no mercado e ele percebia que a qualidade poderia ser melhor. “Se você vai entrar em um negócio, tem que entrar com qualidade. E essa sempre foi a minha intenção”.


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