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Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Homens se cuidam menos que as mulheres, segundo pesquisa

De acordo com o Ministério da Saúde, a cada três mortes de pessoas adultas no Brasil, duas são de homens. Além disso, eles vivem sete anos a menos do que elas. Os dados servem de alerta para a população masculina que, em geral, só pisa no consultório quando não há mais recurso. “Essa aversão do sexo masculino ao tratamento médico tem influência da cultura latina machista. Mesmo se tiver algum problema, o homem só vai ao médico por insistência da esposa ou, no caso dos jovens, da mãe”, comenta o urologista Paulo Sakuramoto, do Cedic Cedilab.


De acordo com o urologista, no que diz respeito à saúde urológica, mesmo que não esteja sentindo nada, os homens precisam comparecer a pelo menos uma visita anual ao médico. “Existe uma polêmica quanto à frequência adequada para consultas preventivas do homem, mas de uma forma geral, uma visita por ano é adequada”, esclarece. O médico comenta que durante a consulta são avaliados diversos aspectos, como alterações urinárias, frequência miccional, urgência para urinar, incontinência urinária, disfunções sexuais: erétil ou de ejaculação, doenças associadas e cirurgias anteriores. “Após 40 ou 45 anos de idade quase todos os homens tem alterações miccionais secundárias ao aumento prostático. Na consulta serão avaliadas a intensidade dos sintomas e a necessidade do uso de medicação”, completa.

Nos homens mais jovens, de 15 a 35 anos, é importante a orientação para o autoexame da bolsa escrotal, a fim de avaliar a presença de algum nódulo. “Uma vez achado o nódulo, é importante procurar um urologista para diferenciá-lo entre benigno ou maligno. O tratamento do câncer de testículo apresenta um alto índice de cura quando diagnóstico é feito numa fase inicial”, informa.

Câncer de próstata

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre a população masculina, perdendo apenas para o câncer de pele não-melanona. O Instituto estima que em 2012, no Brasil, sejam detectados mais de 60 mil novos casos, o que corresponde a uma estimativa de 62 a cada 100 mil homens.

Para prevenir esta doença o jeito é deixar o preconceito de lado e ir ao urologista. “O toque retal pode ser considerado uma barreira para população masculina , é desconfortável, porém, ainda é de grande importância no rastreamento dos tumores prostáticos porque não existe atualmente nenhum aparelho que possa substituir a sensibilidade tátil do dedo que consegue diferenciar se o nódulo é suspeito ou não”, garante o urologista do Cedic Cedilab.

O médico destaca que a Sociedade Brasileira de Urologia orienta aos homens que comecem a realizar os exames de prevenção com o toque retal a partir dos 50 anos, caso não tenham nenhum antecedente familiar da doença. Para aqueles que têm um parente próximo com diagnóstico deste câncer, a idade indicada é de 45 anos.

Além do toque retal, é importante a realização do exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) – altos níveis de PSA no sangue podem indicar a presença de câncer de próstata – e do exame de urina, que vai mostrar a presença de qualquer infecção ou sangue, indicando a necessidade de aprofundar na investigação.
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