Depois de 26 anos no topo da lista das mulheres com a maior expectativa de vida do mundo, as japonesas perderam a coroa referente ao ano passado, anunciou esta semana o governo do país, que culpou o terremoto e o tsunami de 2011 pela queda.

O Ministério do Trabalho e Saúde japonês informou que o desastre, que deixou aproximadamente 20 mil mortos e desaparecidos, foi o principal fator por trás da redução na média da longevidade, que caiu 0,4 ano e está hoje em 85,9 anos. As japonesas ficaram atrás das chinesas de Hong Kong, cuja média de vida é de 86,7 anos.

Segundo o ministério, o aumento dos casos de suicídio no ano passado também contribuiu para esse declínio. Além disso, boa parte das vítimas do desastre eram idosos.

Para os homens japoneses, a expectativa de vida baixou 0,11 ano, ficando em 79,44 anos, o que os deixa empatados em sétimo lugar com os italianos. Os suíços estão no topo da lista, com 80,2 anos.

Como resultado dos avanços na saúde e da queda nas taxas de natalidade, o Japão, décima nação mais populosa do mundo, é um das sociedades com mais idosos e um ritmo de envelhecimento rápido.

A tendência ficou especialmente evidente no nordeste do país, região onde, mesmo antes do tsunami, a escassez de empregos levava os jovens a migrarem.