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Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Seis em dez pacientes com problema no fígado têm hepatite, diz estudo

Um levantamento feito pelo Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo mostra que as hepatites atingem seis em cada dez pacientes com problemas no fígado atendidos no local.


A doença também é responsável por casos de cirrose hepática e por quase metade dos transplantes desse órgão realizados na instituição. Cerca de 40% das cirurgias ocorrem em pessoas contaminadas pelo vírus C, contra 8% de quem tem o tipo B.

Além disso, o risco de esses indivíduos desenvolverem câncer de fígado aumenta consideravelmente.

O Dia Mundial de Luta contra as Hepatite Virais é lembrado neste sábado (28), razão pela qual o Ministério da Saúde está promovendo uma campanha nacional para detecção precoce da doença, principalmente dos tipos B e C, considerados os mais perigosos.

A ação inclui um concurso para manicures e tatuadores, que lidam no dia a dia com objetos cortantes que, se contaminados, podem transmitir o vírus de pessoa para pessoa.

O ministério destacou que pretende aumentar o índice de diagnóstico das hepatites por meio da realização de novos testes rápidos. Este ano, já foram feitos 400 mil, mas há um total de 2,8 milhões de unidades já adquiridas.

Cerca de 33 mil casos dos três tipos de hepatites são notificados por ano no país. Atualmente, há 1,5 milhão de brasileiros com hepatite C. Médicos estimam que o contato com esse tipo de vírus é cerca de cem vezes maior que o risco de se expor ao HIV, que causa a Aids, por exemplo.

A hepatite C é uma doença crônica, de evolução lenta e silenciosa, que pode levar à cirrose e ao câncer de fígado. O período de incubação do vírus pode levar de 10 a 30 anos. Os danos causados pela inflamação nas células do órgão são irreversíveis e comprometem suas funções vitais, como a produção de proteínas do sangue e a refinação de alimentos absorvidos pelo intestino.

A maior parte dos casos de hepatites B e C ocorre por contaminação do sangue em transfusões feitas antes de 1993, mas o contágio acontece ainda por meio de objetos infectados com sangue, como instrumentos de dentistas, manicures e tatuadores, que incluem a colocação de piercings.

Ainda não há vacina contra a hepatite C. Na quarta-feira (25), o SUS anunciou que vai oferecer dois novos medicamentos – Boceprevir e Telaprevir – contra esse tipo da doença até o fim do ano. A medida deve elevar a eficácia do tratamento de 40% para 80% e beneficiar 5.500 pacientes em todo o Brasil, segundo o ministério.

No caso da hepatite B, a vacina está disponível gratuitamente na rede pública para pessoas entre 14 e 29 anos. Além disso, medicamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) podem curar a doença, principalmente se ela for diagnosticada no início.

Dicas para evitar hepatites:
- Use camisinha nas relações sexuais, responsáveis por 70% das transmissões de hepatite B
- Não compartilhe objetos cortantes, como alicates, seringas e lâminas de barbear
- Certifique-se de que piercings e tatuagens sejam feitos com objetos esterilizados
- Fique atento à higiene de alimentos e utensílios de cozinha, para evitar a contaminação por hepatite A
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