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Sábado, 20 de julho de 2024

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Médicos de MT cruzam os braços em protesto contra de planos de saúde

Foto: Reprodução

Médicos de MT cruzam os braços em protesto contra de planos de saúde
Parte dos 3,6 médicos em Mato Grosso vão suspender o atendimento a pacientes de planos de saúde na próxima quinta-feira (11.10). Durante o período, serão suspensas apenas consultas e cirurgias eletivas – serviços de urgência e emergência não serão afetados. A reclamação da classe médica é com a defasagem no repasse dos recursos por parte dos planos aos profissionais. Além do reajuste de honorários de consultas e outros procedimentos, a pauta de reivindicações inclui a inserção, em contrato, dos critérios de reajuste, com índices definidos e periodicidade e o fim da intervenção dos planos na relação médico-paciente.


Os médicos de Mato Grosso juntam-se a uma manifestação nacional que envolverá outros seis estados e que deve se estender por até 15 dias. Em oito estados, o protesto vai atingir apenas operadoras de planos locais. Há ainda sete estados que irão realizar assembleias para definir os planos a serem atingidos. Será o quarto protesto da classe em dois anos. De acordo com Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), a adesão será livre para não prejuficar o atendimento à população.

Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) revela que as receitas dos planos de saúde no Brasil crescem, em média, 14% ao ano, mas o reajuste não é passado aos médicos. O valor pago por consulta realizada já chegou a representar 40% dos gastos pelas operadoras, mas atualmente fica entre 14% e 18%.

Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) indicam que, entre 2003 e 2011, a receita das operadoras cresceu 192%, enquanto o valor médio pago por consulta aumentou 65%. Cálculos da própria categoria, entretanto, indicam que o reajuste foi 50%.

Para o vice-presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Lairson Vilar, as operadoras têm “boicotado” tratamentos de alto custo, reduzindo períodos de internação e dificultando exames mais caros. Segundo ele, estudo feito em São Paulo indica que dois em cada dez usuários de planos de saúde têm procurado o serviço público no lugar das clínicas credenciadas. “É impossível oferecer um serviço de qualidade face a um desequilíbrio tão grande”, destacou em entrevista à Agência Brasil.

Desde sexta-feira (5.10) 301 planos de sáude tiveram a comercialização suspensa enquanto as 38 operadoras que os mantêm não apresentarem melhoria no atendimento e garantirem cumprimento de contratos.
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