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Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Médicos decidem suspender atendimento a planos em diversos estados

Médicos de diversos estados decidiram suspender, a partir desta quarta-feira (10), o atendimento a pacientes de planos de saúde, em protesto contra o que os profissionais consideram ser "abusos" praticados pelas operadoras, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM).


Inicialmente, a duração da paralisação nacional varia em cada estado, mas o CFM afirma que pode se estender por até 15 dias e, durante esse período, estão previstas manifestações públicas, como assembleias e caminhadas.

Nos estados do Acre (duração de 10 a 17/10), Amazonas (apenas 15/10), Mato Grosso do Sul (10 a 17/10), Minas Gerais (10 a 18/10), Rio Grande do Norte (apenas 10/10), Rondônia (15 a 17/10) e Piauí (10 a 14/10), a previsão é de que todos os planos deixarão de ser atendidos.

Amapá, Ceará, Distrito Federal, Pará e Roraima não devem ter paralisação, segundo o CFM. Nos demais estados, a suspensão é parcial (vale apenas para alguns planos) ou ainda está sendo definida pelos médicos.

De acordo com nota divulgada pelo CFM, os profissionais pedem um reajuste anual dos honorários e a garantia de uma melhor assistência aos pacientes, sem interferência das operadoras na relação médico-paciente, entre outras exigências.

O movimento não deve atingir casos de emergência – apenas a chamada assistência eletiva, ou seja, quando a pessoa tem a possibilidade de voltar em outra ocasião. Segundo lideranças ouvidas pelo CFM, os pacientes não devem ser prejudicados, pois serão informados previamente sobre a suspensão do atendimento e vão poder remarcar as consultas e cirurgias agendadas.

O secretário de saúde suplementar da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Márcio Bichara, diz que esta é a segunda paralisação do ano por motivos semelhantes – a primeira ocorreu no dia 25 de abril. No ano passado, foram feitos outros dois protestos: em 7 de abril e 21 de setembro.

"Queremos formalizar nosso contrato com as operadoras dos planos de saúde, pois não temos uma relação de emprego, com carteira assinada, mas existe, sim, uma relação de trabalho, com prestação de serviços", diz Bichara. De acordo com ele, cerca de 150 mil médicos prestam serviços atualmente aos planos de saúde.

O representante da Fenam afirma que, nos últimos dez anos, os honorários dos médicos tiveram um reajuste de cerca de um terço do aumento do preço dos planos de saúde no mesmo período. "Essas manifestações também nos prejudicam, porque, se não trabalhamos, não ganhamos. Mas é um alerta para a população também", diz.
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