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Sábado, 20 de julho de 2024

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Pesquisas buscam melhor qualidade de vida para quem teve infarto

Insuficiência cardíaca, dor no peito, alteração do ritmo cardíaco e morte súbita estão entre as principais consequências que uma vítima de infarto no...

Insuficiência cardíaca, dor no peito, alteração do ritmo cardíaco e morte súbita estão entre as principais consequências que uma vítima de infarto no miocárdio pode sofrer. Mas quem consegue fazer a cirurgia e sobreviver precisa encarar outro desafio: um doloroso pós-operatório. Com o objetivo de minimizar os efeitos da operação cardíaca e aumentar a qualidade de vida desses pacientes, duas pesquisas com métodos diferentes são realizadas paralelamente em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.


A primeira vem de uma tese de mestrado da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e é baseada na aplicação de células tronco na área afetada do coração durante o infarto. A segunda é de autoria de um doutorando em Medicina na Universidade Federal Fluminense (UFF), no Rio. O pesquisador, que também dá aulas na Faculdade de Medicina de Campos defende que o vaso sanguíneo afetado seja aberto de maneira lenta e progressiva para aumentar as chances de recuperação do paciente.

Com as duas formas de tratamento, pessoas como o aposentado Armando Machuy, de 69 anos, que foi vítima de infarto há sete anos, poderão ter melhor qualidade de vida mesmo após ter infartado. Após passar pela cirurgia de reparação da artéria afetada, agora Armando tem cinco pontos de safena e precisou adotar hábitos diferentes para se adaptar às novas limitações.

“A sensação é que um trator passou por cima de mim, são dores horríveis e o pós-operatório é muito ruim. Minha alimentação hoje em dia é pautada em frutas, legumes, verduras e sem frituras, nem alimentos pesados. Faço caminhadas e preciso tomar remédios todos os dias, além de precisar evitar emoções fortes. A mudança na minha vida foi radical”, disse o aposentado.

Antes de passar pelo susto, Armando era fumante, não praticava exercícios físicos e não tinha cuidados com a alimentação. Sobre a possibilidade de um pós-operatório menos agressivo, estudado nas pesquisas de Campos, o aposentado acredita que a qualidade de vida para essas pessoas seria bem melhor. “Acho importante evitar o sofrimento de pacientes que operam o coração. Se realmente der certo, será algo excepcional na vida dessas pessoas”, finalizou.

Técnica desenvolvida na Uenf estuda recuperação do coração com células tronco

Após o infarto, a área atingida do coração é reparada pelo próprio organismo, o que cria uma cicatriz que impede que o local exerça sua função normal. Isso pode resultar em um comprometimento na qualidade de vida. As células tronco agiriam na área lesada com a função de regenerá-la e recuperar a capacidade funcional, o que diminuiria os efeitos do infarto e melhoraria a recuperação do paciente.

Isso é o que concluiu a pesquisa da mestranda Jussara Peters, aluna do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da UENF. O objetivo dos estudos é tornar o pós-operatório mais rápido e não comprometer a qualidade de vida do paciente. A pesquisa já é desenvolvida há dois anos e está em fase de avaliação de resultados. Testes já realizados em porcos apresentaram efeitos positivos.

“Estamos avaliando os dados estatísticos, mas o que pode ser adiantado é que os animais tiveram boa recuperação. Utilizamos suínos que têm uma semelhança morfológica, fisiológica e bioquímica com o ser humano”, disse a aluna do mestrado.
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