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Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Psiquiatras dos EUA revisam categorias de problemas mentais

A Associação Americana de Psiquiatria aprovou neste fim de semana uma revisão na classificação de algumas patologias mentais, informaram agências internacionais nesta segunda-feira (3).


Segundo o site da instituição, o autismo e suas variantes foram reunidos em uma única categoria e a forte irritabilidade em crianças foi classificada como uma verdadeira doença, entre outras mudanças.

"Nosso trabalho teve como objetivo definir de forma mais exata as doenças mentais que têm um verdadeiro impacto na vida dos doentes, mas não ampliar o campo da psiquiatria", disse o presidente do grupo de trabalho para a revisão, David Kupfer, em um comunicado publicado no site da associação.

Os detalhes dos novos critérios vão ser divulgados e consolidados quando o novo manual de diagnóstico psiquiátrico for publicado, em maio de 2013. As alterações podem deixar algumas das pessoas afetadas por transtornos mentais sem acesso a programas de ajuda social, médica e escolar, já que elas não seriam mais classificadas como doentes. Para serem aplicados, os seguros e programas públicos se baseiam na definição de doenças definida pela associação.

Primeira revisão desde 1994
Esta é a primeira revisão desde 1994 do manual de referência para o diagnóstico de doenças mentais ("Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders", no nome em inglês), publicado nos EUA, e a quinta desde a sua criação..

A nova classificação reúne todas as variantes do autismo em uma única categoria, chamada "distúrbios do espectro autista", e exclui a síndrome de Asperger como doença. A síndrome afeta crianças muito inteligentes, mas com grandes dificuldades de interação social. Até agora, a síndrome era diagnosticada como transtorno em separado do autismo.

Alguns psiquiatras e organizações particulares temem, por exemplo, que esta nova classificação exclua muitas crianças com síndrome de Asperger da classificação das doenças.

A dislexia também desaparece do manual, enquanto foram criadas novas categorias, como a irritabilidade frequente e forte nas crianças, agora considerada uma doença mental. O "estresse pós-traumático" também foi incluído em um novo capítulo sobre traumas e distúrbios ligados ao estresse.

O distúrbio que consiste em comer compulsivamente agora também é reconhecido como uma patologia mental. Esta última modificação é o resultado de um longo debate, geralmente árduo, entre psiquiatras, as fundações e organizações de pacientes, sobretudo no caso do autismo.
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