O Acidente Vascular Cerebral (AVC), ou derrame cerebral, está entre as principais causas de morte e incapacitação física no mundo, além de ser a doença que mais mata no Brasil, sendo que parte dessa população afetada envolve jovens. Uma pesquisa feita pelo Ministério de Saúde mostra que entre os anos de 2000 e 2010, 62.270 pessoas morreram no País. Existem dois tipos de acometimento da doença, o AVC isquêmico, quando ocorre o entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro e o hemorrágico, ocasião em que os vasos se rompem.
O AVC é mais frequente em idosos em razão do processo natural de envelhecimento. A causa principal é a aterosclerose, processo de inflamação que leva à obstrução das artérias por placas de gordura. Já os jovens, são acometidos pela doença devido ao estilo de vida, a exemplo da alimentação inadequada associada a produtos artificiais e industrializados, consumo de bebidas alcóolicas e a ingestão abusiva de gordura.
Fatores como tabagismo, diabetes, doenças cardíacas e uso de drogas também contribuem para aumentar o risco de derrame. Para prevenir-se desse tipo de doença, os especialistas recomendam a prática da atividade física, dieta equilibrada, redução da quantidade de açúcar, gordura e sal nos alimentos.
Na tentativa de reduzir o índice de mortes e de acometimentos da doença, o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Mauro Savi (PR), encaminhou uma indicação ao Governo do Estado com cópia às secretarias de Educação e de Saúde, solicitando a realização de campanhas informativas nas escolas da rede estadual de ensino sobre o aumento de AVC em jovem, incluindo nas mesmas os cuidados, prevenção, sintomas e tratamento da doença.
O parlamentar afirma que esse tipo de informação, contribui para que o Estado alcance um resultado positivo em relação à doença. Savi ressalta que a mobilização em prol da redução desse índice é nacional. Prova disso, é que o Governo Federal por meio do Ministério da Saúde deve investir, até 2014, R$ 437 milhões para ampliar a assistência às vítimas de AVC. Sendo que, R$ 370 milhões serão destinados ao financiamento de leitos hospitalares em 151 cidades. Já o restante do aporte financeiro será aplicado no tratamento trombolítico (uso de medicação para desfazer o coágulo e normalizar o fluxo sanguíneo que afeta o cérebro).
PESQUISA - Ainda sobre dados, outro levantamento feito pelo Ministério da Saúde, aponta que de 1998 para cá, as internações de pacientes de 15 a 34 anos de idade aumentaram 64% entre homens e 41% entre as mulheres no Brasil. “Esse número é assustador e não pode ser ignorado. Essa é a razão de encaminharmos a indicação ao Poder Executivo”, considerou Savi ao explicar que a campanha informativa direcionada às escolas será de fundamental importância para que a pessoa pense um pouco mais na saúde e previna-se.
RISCOS DOS ALIMENTOS - Especialistas fazem alerta à população quanto ao consumo de alimentos ricos em gorduras trans, fast-foods ricos em sódio, o sedentarismo e aumento da obesidade, fatores que são causas predominantes para a doença. A boa notícia, é que a prevenção é o melhor caminho para viver bem e ainda pode evitar 90% dos casos. Vale ressaltar que existe um programa do Governo Federal denominado “A Linha de Cuidado do AVC”, direcionado à rede básica de saúde, SAMU, unidades hospitalares de emergência e leitos de retaguarda, reabilitação, ambulatorial, programas de atenção domiciliar, entre outros aspectos.
