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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Cientistas japoneses clonam 26 gerações do mesmo camundongo

Cientistas japoneses produziram 26 gerações de clones do mesmo camundongo, partindo sempre do último espécime clonado, durante um experimento apresentado como único e capaz de abrir...

Cientistas japoneses produziram 26 gerações de clones do mesmo camundongo, partindo sempre do último espécime clonado, durante um experimento apresentado como único e capaz de abrir caminho para uma reprodução em massa de espécies de gado com melhores características. A equipe do pesquisador Teruhiko Wakayama, do Centro Riken para o Desenvolvimento da Biologia, produziu um total de 598 cobaias que eram cópias genéticas de uma criatura original, durante um experimento que durou sete anos. Os resultados foram publicados na revista americana "Cell Stem Cell". "É de longe o projeto mais importante de clonagem de um mamífero", afirmou Wakayama à AFP. "Aplicando nossos avanços, a reprodução em massa de animais valiosos é possível, inclusive após a morte das criaturas originais", completou. Métodos confiáveis para clonar um grande número de gerações podem ser muito benéficos para fazendeiros que, por exemplo, tenham uma vaca que produz muito leite ou um animal do qual se espera obter uma carne de grande qualidade. Wakayama explicou ter elevado a taxa de êxito de um sistema de clonagem já existente e aumentou o número de reproduções consecutivas possíveis. Essa técnica de base, chamada "transferência nuclear de células somáticas", consiste em extrair o núcleo de uma célula do animal que se deseja clonar e, em seguida, introduzi-lo no ovócito (célula sexual feminina) extirpado de uma fêmea da mesma espécie, que será trasplantado em uma mãe portadora que dará à luz o clone. Depois, a equipe de Wakayama extraiu o núcleo de uma célula desse clone para criar, com o mesmo método, um clone "de segunda geração", e assim sucessivamente. Para poder repetir a operação em diversas ocasiões, os cientistas usaram um agente químico, chamado "inibidor da histona deacetilase", e executaram outras melhorias técnicas, explicou o cientista. Os camundongos criados pela equipe têm características biológicas normais, vivem o mesmo tempo que os roedores normais e têm as mesmas capacidades reprodutoras, destacou Wakayama. Apesar de os cientistas japoneses terem constatado algumas anomalias nos clones, como uma placenta maior, Wakayama destacou que essas especificidades não colocam em risco a vida das cobaias nem se agravam com o avanço das clonagens. "Vamos continuar esse experimento até o fim. Quero chegar ao ponto em que seja possível dizer que poderíamos prosseguir a cadeia até o infinito", declarou o coordenador do projeto.
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