Levantamento do Hospital Regional de Taubaté revela que as mulheres são a maioria em atendimentos cardíacos. De acordo com o levantamento, no ano passado, 405 pessoas foram atendidas no ambulatório, sendo 223 mulheres (55%).

A aposentada Élia Marques, teve um infarto há oito anos, na época não reconheceu os sintomas da doença. Ela tinha dores fortes no estômago. Para se curar do problema, Élia passou por diversas cirurgias, sendo quatro cateterismos, duas pontes de safena e uma mamária.

Depois disso, ela faz o controle da doença com medicamentos e exames periódicos e estava dentro do grupo de risco para doenças cardíacas. “Tenho diabete, pressão alta, colesterol e triglicérides alto”, disse Élia Marques.

O cuidado com a saúde aumenta depois que a pessoa sofre um princípio de infarto. De acordo com o cardiologista Renato Leite, as doenças cardio-vasculares são a principal causa de morte entre o sexo feminino. A doença chega a matar seis vezes mais que o câncer de mama.

“O hábito de vida moderna leva ao sedentarismo, aumento de peso, consumo de carboidratos simples, que são os açucares e produtos industrializados e está relacionado com o aumento de expectativa do aumento de vida da mulher”, disse Renato. Segundo ele, entre os fatores que contribuem para as doenças do coração, estão: colesterol alto, hipertensão, diabetes, obesidade abdominal e sedentarismo.

Segundo o cardiologista, o socorro imediato pode salvar vidas. “Ela pode ter apenas uma sudorese, um mal estar, uma sensação especifica de desconforto e isso pode atrasar o atendimento médico”, disse Leite.