De acordo com levantamento, a proporção de obesos no Brasil subiu de 11,4% para 15,8% entre os anos 2006 e 2011. Maior parte deles está na população menos favorecida, diz ministro da Saúde.

O Ministério da Saúde gasta anualmente R$ 488 milhões todos os anos com o tratamento de doenças relacionadas à obesidade. É o que indica uma pesquisa elaborada pela Universidade de Brasília.

Foram estudados informações referentes a internação e ao atendimento de média e alta complexidade relacionados ao tratamento da obesidade e de outras 26 doenças associadas, como problemas cardíacos, diabetes e cânceres, por exemplo. Segundo o trabalho, que teve como base informações de 2011, a maior parte dos gastos ocorreu com atendimento hospitalar, R$ 289 milhões. Já referente ao atendimento ambulatorial, foram gastos R$ 199 milhões.

A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – Vigitel, realizada em 2011 pelo Ministério da Saúde, indicou que a proporção de obesos subiu de 11,4% para 15,8% entre os anos 2006 e 2011.

A Pesquisa de Orçamentos Familiares -POF de 2009 apontou que 21,7% dos brasileiros de idades entre 10 e 19 anos possuem excesso de peso; no ano de 1970 esse índice era 3,7%. De acordo com dados, 1,14% das mulheres e 0,44% dos homens apresentam obesidade grave, percentual que representa 0,8% da população.

Ao todo, há cerca de 14,8 milhões de brasileiros obesos. Este número equivale à quase metade dos obesos dos Estados Unidos. De acordo com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, considerando as pessoas com até oito anos de estudo, o número de obesos é duas vezes maior do que verificado entre a população que frequentou a escola por mais tempo. Ele também ressaltou que a maior parte dos obesos está na população mais pobre.