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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Plano antidrogas ainda não recupera dependentes, diz GDF

O plano distrital de enfrentamento ao crack e outras drogas, implantado em 2011, ainda não chegou ao ponto de ressocializar as pessoas atendidas pelos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), de acordo com a Secretaria de Justiça do Distrito Federal.


O secretário Alírio Neto disse que o plano elaborado pelo governo para recuperar dependentes químicos está na terceira etapa, de mobilização social, após fases de trabalhos preventivos entre a população, e vai chegar a um ponto ideal a partir de junho, quando novos Caps devem ser inaugurados.

O governo do Distrito Federal não sabe quantas pessoas consomem crack em Brasília nem quanto já foi gasto no combate às drogas desde setembro de 2011 por meio do programa, afirmou o secretário de Saúde do DF, Rafael Barbosa, nesta quarta-feira (3). "Não tenho esse número (...) Não posso afirmar agora porque essa luta de enfrentamento é uma luta de várias áreas do governo."

As Caps funcionam como lugares primários de desintoxicação para dependentes. Após o tratamento incial, o paciente, então, pode aceitar ser encaminhado para unidades de acolhimento ou uma das cinco comunidades terapêuticas do DF conveniadas ao governo visando uma ajuda mais prolongada.

Segundo Barbosa, 1.073 pessoas passaram pelas comunidades desde a criação do plano, mas ele não soube dizer o número de atendidos em todas as esferas da iniciativa. "O que é visto é que o grande desafio nosso é construir essa rede e estar atendendo a população", disse.

Atualmente há apenas 90 leitos para a recuperação de usuários de drogas em Brasília e todos estão ocupados. Até o final de abril, o governo diz que vão ser criadas mais 70 vagas com a verba de R$ 3 milhões do Fundo Antidrogas do DF. Cada leito sustentado pelo governo vai custar R$ 1.020 por mês.

De 27 Caps brasileiras, seis funcionam na capital federal – os centros já abertos ficam na Rodoviária do Plano Piloto, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia e nas Asas Norte e Sul. As unidades do Paranoá, Itapoã, Varjão, Santa Maria e Planaltina devem estar disponíveis para a população até junho deste ano.

Em um ano e meio de programa, segundo Rafael Barbosa, 180 mil pessoas passaram por palestras antidrogas em escolas, dois milhões de folders foram distribuídos em postos de gasolina e 300 mil cartilhas entregues a pais de estudantes em todo o Distrito Federal.

Ainda de acordo com Barbosa, o GDF não recebeu até o momento recursos do governo federal. Isso deve acontecer a partir de junho, quando todas os Caps estarão em funcionamento, segundo o governo.
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