O Ministério da Saúde da Arábia Saudita anunciou nesta segunda-feira (25) que mais uma pessoa morreu devido à infecção pelo coronavírus Mers (sigla para Síndrome Respiratória Coronavírus do Oriente Médio), o que elevou o número de vítimas fatais da doença no reino para 34.

O site do ministério anunciou que outras pessoas foram afetadas pelo vírus, em particular na província oriental, que registra a maioria dos casos.

Desde o surgimento do vírus, em 2012, 66 pessoas foram infectadas na Arábia Saudita, com 34 casos fatais.

Em 17 de junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou ter registrado dezenas de pessoas infectadas pelo vírus no mundo desde o primeiro caso, observado na Arábia em abril de 2012. Segundo este balanço, foram registradas 38 mortes pelo mundo.

Também foram registrados casos isolados na Grã-Bretanha, Itália, Tunísia e França.

Risco importante
O novo coronavírus Mers representa um risco importante no meio hospitalar, já que se propaga rapidamente e causa elevada mortalidade, segundo um estudo feito em hospitais sauditas e publicado nos Estados Unidos.

Dos 23 casos estudados em abril em quatro hospitais, 15 pacientes faleceram, o que representa uma mortalidade de 65%, informou o estudo chefiado por Trish Perl, epidemiologista da Escola de Medicina Johns Hopkins (Maryland, leste dos EUA) e publicado nesta quarta-feira (20) na revista "New England Journal of Medicine".

Sintomas
Os sintomas do Mers são similares aos da Sars: as pessoas infectadas começam a ter febre e uma tosse leve que pode persistir durante vários dias antes de virar pneumonia.

Assim como na Sars, alguns pacientes também apresentam sintomas gastrointestinais. E também, assim como a Sars, a incubação média do Mers é de quatro dias, com 95% das pessoas infectadas que desenvolvem sintomas em dez dias, disseram os pesquisadores.