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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Pesquisa da USP sugere caminho para criar vacina contra leishmaniose

Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto...

Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP) revelou pela primeira vez a ação de células do sistema imunológico no combate à leishmaniose.


A pesquisa mostra o passo a passo dos processos intracelulares ocorridos em células de defesa dos organismos hospedeiros da doença, em resposta à infeccção pelo parasita da leishmaniose.

Segundo o professor Dario Simões Zambroni, coordenador da pesquisa, a descoberta deve ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos e pode até contribuir na criação uma vacina para o combate à doença.

Causada por protozoários, a leishmaniose é uma zoonose que tem como principais hospedeiros o cachorro e o homem. Nos seres humanos, a transmissão se dá pela picada de mosquitos hematófagos - que se alimentam de sangue -, como o mosquito-palha.

A manifestação da doença pode ser cutânea ou visceral, dependendo do gênero do parasita. A leishmaniose ataca as células que fazem parte do sistema imunológico do indivíduo.

"Nesse trabalho a gente consegue colocar várias peças no quebra-cabeças, que é a doença da leishmaniose, e entender como as células do nosso sistema de defesa reconhecem e combatem o parasita que causa a doença. Quanto mais a gente entender a doença, maiores são as chances de fazermos um medicamento racional que possa usar as vias conhecidas do sistema imune para matar a leishmaniose. Aumentam as chances de fazer um novo medicamento que seja eficaz contra a doença ou eventualmente uma vacina para preveni-la", diz.

Através da análise de células de camundongos - nos animais vivos e in vitro - os pesquisadores observaram a ação do óxido nítrico no combate a um dos protozoários causadores da leishmaniose.

De acordo com Zamboni, as moléculas de óxido nítrico atuam diretamente na defesa do organismo contra micróbios.

Embora a ação da molécula já fosse conhecida pela comunidade científica, a forma como as células se comportavam para ativar a produção de óxido nítrico ainda era um mistério.

"Ainda temos muito para entender como o sistema imunológico reconhece e combate a infecção. Quanto mais entendermos esse processo, maiores as chances de termos um tratamento eficaz contra a doença, que ocorre em todo o país", afirma o pesquisador.
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