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Domingo, 28 de julho de 2024

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ALASTRANDO-SE

Casos de nova gripe já chegam a 522 no Brasil, informa ministro

Centro Universitário suspende aulas após suspeita de nova gripe no PR Adolescente com nova gripe no RS não é mais transmissora Em dois dias, Organização Mundial da Saúde registra mais 3.947 casos de gripe Espera por atendimento da nova gripe chega a duas horas em SP Vacina contra nova gripe deve começar a ser produzida em outubro no Brasil


Confira os casos pelo país

Segundo ele, quando houver um caso confirmado em uma instituição – uma escola ou uma empresa, por exemplo – todas as pessoas que apresentarem sintomas da doença serão consideradas infectadas. Segundo Temporão, os EUA também seguem esse protocolo, de confirmar casos por vínculos em lugares fechados. Essa nova orientação, no entanto, não vale para residências. Nesse caso, o sistema para identificar o vírus continua o mesmo.

Os novos casos confirmados da doença nesta sexta são em São Paulo (43), Minas Gerais (6), Paraná (5), Disitrito Federal (5), Rio de Janeiro (4), Santa Catarina (3), Piauí (2), Espírito Santo (1) e Pará (1).

Segundo Temporão, todos os casos novos são de pessoas que vieram do exterior ou que tiveram contato próximo com elas. No total, São Paulo é o estado que registra a maioria dos casos, 260, e que há dois casos no Rio Grande do Sul que "inspiram cuidados." Apesar disso, o ministro voltou a afirmar que o vírus "não circula" no Brasil.

Temporão disse ainda que a decisão de fechar escolas ou estabelecimentos públicos deverá ser tomada de acordo com os protocolos das vigilâncias sanitárias regionais. Para ele, porém, o fechamento de instituições e a antecipação de férias em escolas em alguns estados podem ter sido "exageradas."

O ministro informou que somente as pessoas que tiverem agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas após o surgimento dos sintomas iniciais vão receber medicamento contra o vírus.

Até a quinta-feira, todos os casos suspeitos notificados até 48 horas após os primeiros sintomas recebiam o medicamento, chamado fosfato de oseltamivir. Segundo o ministro, a medida foi tomada para evitar que um número significativo de pessoas tomasse o remédio logo nos primeiros dias e o abandonasse quando não fosse confirmado o caso, como vinha acontecendo.

O ministro reiterou que a situação é de "tranquilidade". Apesar disso, a recomendação para que pessoas com situações mais delicadas, como crianças abaixo de dois anos ou pessoas com doenças imunodepressivas, evitem viagens a países com transmissão sustentada continua valendo, disse.

Temporão disse que espera um aumento do número de casos, por causa do período do inverno no hemisfério Sul e do período de férias. "A nossa expectativa é que, sim, teremos um aumento no número de casos nos próximos dias, nas próximas semanas", afirmou.

Casos pelo mundo

Pelo mundo, o número de casos da doença não para de crescer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou em seu boletim desta sexta-feira (26) um aumento de 3.947 casos da gripe em relação ao último registro, de quarta-feira.

Segundo a agência da ONU, há hoje no mundo 59.814 infectados pelo vírus influenza A (H1N1) e 263 pessoas mortas em decorrência da doença, sem contar o caso brasileiro. O maior aumento de casos ocorreu no Chile, que registrou mais 871 casos em apenas dois dias.

Combate à doença

Em nota, o Ministério da Saúde detalhou as novas medidas para enfrentar a doença no Brasil. Veja os principais pontos.

Medida 1: Os estados e municípios passaram a contar com parâmetros básicos, para orientar eventuais suspensões de atividades em locais públicos ou coletivos. É o caso de creches, escolas, empresas, por exemplo. A recomendação é que se evite fechamentos desnecessários desses locais, o que poderia aumentar essa sensação de intranqüilidade entre a população. O que o ministro reiterou é que não sejam tomadas medidas sem a consulta prévia aos órgãos de vigilância sanitária e de saúde pública de cada município.

Medida 2: Houve ampliação dos cuidados para se reduzir o potencial de resistência do vírus ao tratamento e para se evitar que uma maior quantidade de pessoas desenvolva reações à medicação aplicada para os casos de Influenza A (H1N1). Isso significa uma mudança de protocolo no atendimento dos pacientes.

“A preocupação é dar medicamento nos casos clínicos onde não é necessário dar medicamento, onde o próprio organismo vai dar um andamento natural a essa doença sem nenhum tipo de risco à pessoa. Estou impedindo um contato excessivo do vírus com o medicamento e uma futura possibilidade de desenvolvimento de resistência”, observou Temporão. “A grande maioria das pessoas que estão contraindo esse vírus desenvolvem um quadro brando de doença, com recuperação sem a necessidade de tratamento medicamentoso”.

Medida 3: O processo de confirmação dos casos, em parte, também muda. Até agora, eram utilizadas amostras de material biológico individual para confirmar a doença em cada paciente. A confirmação era sempre laboratorial e individual. Agora, quando houver ocorrência de infectação comprovada laboratorialmente em alguém, as pessoas com vínculo epidemiológico com aquele paciente, em uma mesma instituição – como escolas, creches e empresas –, e que apresentem sintomas do Influenza A (H1N1), passam a consideradas infectadas. O vínculo epidemiológico, então, tornar-se suficiente para a confirmação.

Até então, as confirmações laboratoriais ocorriam na Fundação Oswaldo Cruz (RJ), no Instituto Evandro Chagas (PA) e no Instituto Adolfo Lutz (SP). O ministro Temporão ainda anunciou que outros três laboratórios do país passarão a fazer a confirmação da doença. Essa medida deve-se ao aumento da demanda aos laboratórios de referência para o Influenza A (H1N1). Apesar desse crescimento, há kits suficientes para os diagnósticos.
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