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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Médicos comentam resgate e falam de riscos em caso de desabamento

Um prédio em construção desabou na manhã desta terça-feira (27) na região de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o desabamento total do prédio de dois pavimentos ocorreu por volta das 8h30...

Um prédio em construção desabou na manhã desta terça-feira (27) na região de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o desabamento total do prédio de dois pavimentos ocorreu por volta das 8h30, na Avenida Mateo Bei, próximo à Avenida Maria Cursi. A estimativa é que pelo menos 20 operários trabalhavam na obra de construção de uma loja no momento do acidente.


Pelo menos seis pessoas morreram e mais de 10 ficaram feridas - a maior parte delas com ferimentos de intensidade leve e moderada -, segundo o Corpo de Bombeiros. No Bem Estar desta terça-feira (27), a pediatra Ana Escobar e o cirurgião do trauma e presidente da Sociedade Brasileira de Atendimento Integral ao Traumatizado Gustavo Fraga alertaram que, nesses casos de acidentes mais graves, o resgate rápido e com a mobilização adequada é muito importante para preservar a saúde das vítimas.
Depois de resgatadas, os médicos definem quais são as vítimas com ferimentos mais graves e, dependendo da situação, as encaminham com prioridade ao atendimento. Ao ser removido, o ferido é colocado numa espécie de prancha para proteger a coluna e evitar traumas secundários e um quadro mais grave.

Se resgatado da maneira adequada, o risco de morte diminui bastante, como alertou o cirurgião. De acordo com a pediatra Ana Escobar, há a preocupação ainda em manter a temperatura corporal do ferido e, por isso, os bombeiros colocam uma manta sobre as vítimas. Se a vítima estiver consciente e falando, é um sinal de que o cérebro está recebendo a quantidade adequada de oxigênio, o que é um fator positivo.
Entre as lesões possíveis em caso de soterramento, estão as fraturas, principalmente nas extremidades. Segundo o cirurgião Gustavo Fraga, a fratura ocorre quando há uma perda de continuidade do osso, que pode chegar a lesar a parte externa, como a pele, o que caracteriza a fratura exposta. Nesse caso, há o risco de infecção e contaminação e, nessa situação, é ainda mais essencial o atendimento adequado para evitar danos maiores.

Os médicos alertaram, porém, que em caso de fratura exposta, é preciso esperar a chegada de uma equipe treinada para fazer o atendimento no local do acidente. Como a vítima pode estar com múltiplas lesões, ela não deve ser tocada ou movida. Para quem quer prestar algum auxílio, a dica do cirurgião Gustavo Fraga é deixar o membro fraturado numa posição neutra e, se houver hemorragia externa, usar uma toalha limpa ou um pano para conter o sangramento até a chegada do resgate.

Apesar de as fraturas serem as lesões mais comuns nesses acidentes mais graves, podem ocorrer ainda luxações, quando há um deslocamento na articulação do osso. Nesse caso, o médico recoloca a articulação no lugar. Em casos mais leves, a pessoa pode ter ainda um entorse - segundo o cirurgião Gustavo Fraga, nesse caso, há uma lesão no ligamento que pode causar dor e um hematoma, mas não causa danos mais graves. A dica, nessa situação, é colocar gelo na hora para diminuir o inchaço.

Pode ocorrer também um esmagamento, principalmente na região do tórax, que pode levar à morte por asfixia. Isso pode acontecer dentro de casa também, se uma tampa da mesa ou do tanque estiver solto, por exemplo. Caso a pessoa sofra um acidente com essas estruturas soltas, ela pode até mesmo desmaiar e ter uma lesão em algum órgão interno, que causa uma hemorragia grave. Por isso, é preciso tomar cuidado também dentro de casa e acionar o serviço de atendimento o mais rápido possível.
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