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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Com 100% de compatibilidade, homem doa rim a irmão doente no DF

O Instituto de Cardiologia do Distrito Federal realizou neste fim de semana seu primeiro transplante de rins entre pessoas vivas – é o oitavo procedimento do tipo na capital do país neste ano. A doação ocorreu entre irmãos, em uma cirurgia que durou cerca de sete horas. Segundo a instituição, ambos se recuperam bem da operação e a expectativa é de que o doador, de 36 anos, tenha alta até terça e de que o receptor, de 38 anos, que sofria de insuficiência renal crônica, até sábado.


A família ainda não autorizou a divulgação dos nomes dos pacientes. Mas, de acordo com o instituto, o receptor já estava sendo acompanhado por um nefrologista do hospital. Dos seis irmãos do doente, dois tinham 100% de compatibilidade para o transplante. O doador foi escolhido por ser mais velho e apresentar peso e altura semelhantes ao do homem que necessitava de um novo rim.

Além do Instituto de Cardiologia, outros três hospitais realizam a operação no DF: Hospital de Base, Hospital Universitário de Brasília e Hospital Santa Lúcia. Segundo a coordenadora de captação de órgãos da Secretaria de Saúde, Daniela Salomão, até agora todos eles já realizaram 81 procedimentos, sendo que 73 rins vieram de doadores que sofreram morte cerebral. Para Daniela, a atuação do instituto tem sido essencial para que a capital do país se destaque no número de transplantes: no primeiro semestre de 2013, enquanto o Brasil tinha 15 doadores por milhão de habitantes, DF alcançou o índice de 32.

“Eles começaram com coração, depois veio com fígado e agora rins, todos com uma qualidade de atendimento muito bom. E também estão credenciados para fazer de medula óssea, córneas e pulmão. É a instituição no DF com maior variedade de procedimentos de transplante credenciada no SUS”, afirmou a coordenadora.

No primeiro trismestre deste ano, o DF liderou o número de doações de órgãos, superando Santa Catarina. Já em relação aos transplantes, entre janeiro e o final de março, a capital do país realizou seis cirurgias de coração, 12 de fígado, 64 de córnea e 27 de rins. No mesmo período de 2012, os números foram três, sete, 120 e 22.

Daniela diz que a eficácia na manutenção dos pacientes em morte cerebral e melhorias na comunicação entre os serviços de emergência e UTIs da rede fazem a diferença. "O que incentiva é a família saber que doou e que houve o transplante. Quem doa, doa para isso, para ver que alguém se beneficiou com esse novo órgão."

No final de agosto, o GDF informou que vai construir um hospital de transplantes próximo ao Jardim ABC, na divisa com Goiás, para atender pacientes da capital e do Entorno. De acordo com a Secretaria de Saúde, a unidade vai ter 150 leitos e deve ficar pronta até o final de 2014.

Transplante intervivos
O transplante intervivos, como é chamado, acontece com a doação do órgão de alguém da família do paciente. Por lei, os que não forem parentes só podem doar em condições especiais, após liberação judicial.
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