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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Estudante de Jundiaí é premiado em feira internacional de ciência

Dois estudantes de Jundiaí (SP) representaram a região na Mostratec, uma feira internacional de ciência e tecnologia. Os dois têm pesquisas que visam ajudar pessoas que sofrem de diabetes e um deles foi premiado. A expectativa é de que eles levem os estudos científicos até a vida universitária.


Natanael Batista tem 17 anos e diz que pretende ser médico. No laboratório de uma escola particular, ele realiza testes no microscópio. O aluno participa de um projeto de pesquisa da Faculdade de Medicina de Jundiaí e acabou de voltar de uma feira internacional no Rio Grande do Sul. Ele ficou em quarto lugar entre 26 mil projetos.

A pesquisa representa uma esperança para os diabéticos. O experimento encontrou na soja uma substância capaz de recuperar a produção de insulina pelo organismo. "O paciente diabético é caracterizado pelo acúmulo de glicose no sangue. A partir dessa substância, que consegue mimetizar a função da insulina, o indivíduo volta a absorver a glicose havendo controle glicêmico do paciente", explica Natanael.

O aluno recebeu certificado e medalha. Agora, quer ver os testes progredirem. "Eu quero tornar algo acessível para os diabéticos, que é uma doença que atinge o mundo inteiro. A partir de um tratamento simples e barato, que eu procuro desenvolver ao longo da pesquisa, deixar isso acessível para os pacientes", completa.

Além dele, Rafaela Fonseca, de 16 anos, também representou Jundiaí no encontro do Rio Grande do Sul. A pesquisa desenvolvida pela estudante quer diminuir a inflamação das glândulas salivares que, segundo ela, é comum entre os diabéticos. "Ele sente um desconforto na hora de falar por falta de saliva. Esse projeto teria o objetivo de melhorar essa dificuldade e talvez solucionar", explica.

A Feira Internacional de Ciência e Tecnologia é realizada há 28 anos. Nesta edição, participaram representantes de 27 países. "Por meio da pesquisa, ele desenvolve habilidades e competências muito importantes para a vida deles. Quando eles estiverem na universidade, já estarão inseridos no método científico e eles têm essa vontade de ser um cidadão que participa e modifica a sociedade", avalia a orientadora Aline Geraldi.

Os alunos recebem orientações dos professores e pesquisadores da Faculdade de Medicina. Os estudos são incentivados pelos governos federal e estadual. "Esse programa vai permitir que esse aluno possa ter o desenvolvimento de um projeto científico desde a época do ensino médio. Isso vai trazer benefícios para ele, porque quando ele ingressar na universidade, vai ter experiência, vai buscar conhecimento de uma forma diferente. Vamos estar preparando esse aluno que está no ensino médio para chegar à universidade muito mais preparado", afirma Eduardo Caldeira, professor e orientador do projeto.
As pesquisas ainda são experimentos sem comprovação científica, mas, segundo os orientadores, nada impede que os estudos continuem e possam ser comprovados para se tornarem uma alternativa para o tratamento do diabetes.
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