Sem a perna direita e com apenas dois tocos de dedo na mão esquerda, um macaco-prego resgatado pela Patrulha Ambiental da Brigada Militar recomeçou a vida em um zoológico de Gramado, na Serra do Rio Grande do Sul. Em fase de adaptação, o animal recebe cuidados da equipe técnica no hospital do parque. Um espaço foi adaptado para que ele possa praticar exercícios.

O resgate foi feito pela polícia após denúncia de que o macaco vivia em uma pequena gaiola nos fundos de uma residência no bairro Dutra, no mesmo município. O veterinário Renan Alves Stadler, responsável técnico do Gramadozoo, acredita que ele tenha sido atropelado quando filhote.

"Colocamos cordas e galhos para estimular o animal. Apesar de não ter a pata e os dedos da mão, ele está bem e realiza as brincadeiras. Em breve, será encaminhado ao recinto com outros animais da espécie", diz o veterinário.

Conforme o especialista, o animal não tem condições de voltar a viver em liberdade. "Ele não saberia procurar alimento. Se fosse reintroduzido na natureza, certamente não sobreviveria. Um dos papéis dos zoológicos é preservar a vida de animais em situação de risco", justifica.

Retirar animais silvestres da natureza constitui crime ambiental, como explica o sargento Brás Scarsi, da Patrulha Ambiental da BM de Canela. Ele orienta que qualquer animal silvestre encontrado ferido deve ser encaminhado aos órgãos ambientais, que farão procedimentos adequados.

Informações
Na Região das Hortênsias, informações sobre animais silvestres em situação de risco podem ser comunicadas pelos telefones da Patram: (54) 3282-8547 ou (54) 3282-8560. Já a linha verde nacional do Ibama é 0800.618-080.