A inflação medida pelo impacto às famílias de baixa renda, com rendimento entre 1 e 2,5 salários mínimos, apresentou alta de 1,05% ao longo do mês de abril, com influência do grupo de saúde e cuidados pessoais, que teve variação de 1,39% no período, com grande influência da alta de 2,42% no preço dos medicamentos.
O IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1), divulgado nesta segunda-feira (12), pela FGV (Fundação Getulio Vargas), acumula alta de 5,57% ao longo dos últimos 12 meses, resultado menor do que o apresentado pelo IPC-Br (Índice de Preços ao Consumidor – Brasil), índice nacional que acumula alta de 5,57% no mesmo período.
A inflação para as famílias de baixa renda é constantemente abaixo da registrada pelo acumulo nacional porque leva em conta produtos com preços controlados pelo governo.Com o resultado de abril, o indicador acumula alta de 3,10% somente em 2014.
Grupos de despesas
A alta registrada durante o mês de abril foi causada pelo aumento dos preços de seis das oito classes de despesas que integram o índice, com destaque para os grupos de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,29% para 1,68%), Habitação (de 0,54% para 0,73%), Transportes (de 0,28% para 0,68%), Vestuário (de 0,33% para 0,71%), Despesas Diversas (de 0,21% para 0,36%) e Comunicação (de -0,22% para -0,03%).
Com altas significativas estão, além dos medicamentos, a tarifa de eletricidade residencial (de 0,19% para 2,41%), tarifa de ônibus urbano (de -0,08% para 0,80%), roupas (de 0,43% para 0,77%), clínica veterinária (de 0,14% para 1,03%) e tarifa de telefone residencial (de -0,49% para -0,12%).
Por outro lado, apresentaram queda nos preços os grupos de Educação, Leitura e Recreação (de 0,85% para -0,40%) e Alimentação (de 1,85% para 1,69%). Na primeira classe, vale destacar o item passagens aéreas (de 13,34 para -29,23), enquanto na segunda, a queda significativa foi apresentada pelas hortaliças e legumes (de 19,55 para 5,52) .
