Droga ZMapp é a mesma que foi administrada a americanos e espanhol.
Ainda não se sabe se medicamento é realmente efetivo.

Os três profissionais da saúde da Libéria que receberam uma droga experimental contra ebola estão mostrando sinais de recuperação, segundo declarações feitas nesta terça-feira (19) pelo governo do país. Especialistas alertam que ainda não há certeza se a droga é efetiva.

Os três liberianos estão sendo tratados com as últimas doses disponíveis do medicamento ZMapp, uma droga que foi administrada também a dois americanos e a um espanhol. Os americanos também apresentam melhora, mas o espanhol morreu.

"Os profissionais médicos informaram ao Ministério da Informação da Libéria que seu progresso é 'notável'", afirmou a pasta em uma declaração divulgada nesta terça-feira, acrescentando que os pacientes estão mostrando "sinais muito positivos de recuperação".

Mesmo se for constatado que o medicamento experimental ZMapp é efetivo, os fabricantes, com base na Califórnia, afirmaram que novas doses não estarão disponíveis nos próximos meses.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que o número de mortos pela doença este ano chegou a 1.229, porém está havendo progresso na contenção da doença.

84 mortes em três dias

Somente entre 14 e 16 de agosto, 84 pessoas morreram de ebola, segundo a OMS. Durante esses três dias, 113 novos casos da doença foram confirmados por exames de laboratório. Desde o início da epidemia em março, a OMS registrou 2.240 casos de Ebola, com 1.229 mortes.

A Libéria foi o país com o maior número de mortos entre 14 e 16 de agosto, com 53 vítimas fatais e outros 48 casos. Na Guiné, onde teve início a epidemia, 14 pessoas morreram e mais 24 casos foram registrados. Em Serra Leoa a doença provocou 17 mortes nos três dias, além de 38 novos casos. A Nigéria registrou três novos casos de Ebola, mas nenhuma vítima fatal no período.