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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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'Autorização para prescrição de medicamento a base de maconha precisa ser nacional', diz mãe de criança com síndrome rara

A luta de Katiele Fisher ficou conhecida em todo o País após a divulgação do documentário Ilegal. O filme mostra como ela e seu marido traziam irregularmente dos EUA o CBD (canabidiol), medicamento derivado da maconha. A substância é usada no tratamento da filha deles, Anny, cinco anos, que é portadora da síndrome CDKL5.


Em entrevista ao R7, nesta segunda-feira (13), Katiele comentou a resolução do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) de autorizar médicos com registro profissional no Estado a prescrever o CBD para bebês e crianças em alguns casos.

Katiele comemorou a decisão, mas cobrou um posicionamento do CFM (Conselho Federal de Medicina).  

— Foi muito importante o passo dado em relação ao Cremesp, espero que os outros Estados sigam o mesmo exemplo. Mas a gente ainda precisa de uma opinião do CFM, que seria de extrema importância para a nossa situação atual, para que os médicos se sintam confortáveis para fazer a prescrição e as pessoas consigam ter acesso à medicação. 

Desde abril deste ano, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) autorizou a importação do medicamento para o casal. Katiele ressaltou a melhora da filha após o uso do CBD.  De acordo com ela, as crises convulsivas de Anny começaram aos 45 dias de vida. 

— Ela continua sendo uma criança extremamente comprometida mas  está muito melhor do que antes do canabidiol. 

Katiele defendeu a expansão da resolução para que pacientes com outras síndromes sejam contemplados e criticou que o texto só considere crianças e bebês.

— A gente tem a ordem judicial. Para a Anny está tudo certo. Mas para a dona Maria do interior e para a dona Joana lá do Norte não, elas não vão conseguir [o remédio]. 
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