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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Veja quem são os pacientes com ebola tratados fora da África

A pior epidemia de ebola já registrada já matou quase 4,5 mil pessoas, de um total de quase 9 mil infectados. A maior parte dos pacientes se concentram em três países da África Ocidental: Serra Leoa, Guiné e Libéria. Mas, desde julho, vários pacientes têm sido levados para outros continentes para receberem tratamento.


Até o momento, oito casos de ebola foram tratados nos Estados Unidos. Duas enfermeiras, que contraíram a infecção em território americano, permanecem internadas. Na Europa, ao menos nove pacientes receberam tratamento. Um deles, a enfermeira espanhola Teresa Romero, foi infectada em Madri, enquanto os demais casos foram importados.

Esses três casos de profissionais da saúde que foram infectadas pela doença fora da África têm levantado o debate sobre o preparo das instituições para receber pacientes com ebola. As duas enfermeiras americanas tiveram contato com o liberiano Thomas Eric Duncan, que começou a manifestar os sintomas da doença em Dallas e foi atendido pelo Hospital Texas Health Presbyterian. Já a enfermeira espanhola ajudou a cuidar dos dois padres espanhóis que morreram de ebola em Madri, depois de terem contraído a doença na Libéria e em Serra Leoa.

Veja, abaixo, detalhes sobre os pacientes com ebola tratados fora da África até o momento.

Desde o início da epidemia, houve oito casos de ebola tratados nos Estados Unidos. Um paciente morreu e duas pacientes ainda estão em tratamento. Conheça os casos:

Nancy Writebol, 59 anos
A missionária americana contraiu o vírus em julho, enquanto trabalhava em um hospital da organização de ajuda humanitária cristã SIM USA na Libéria com o marido, David, que não foi infectado. Depois do diagnóstico, foi levada para os EUA e tratada no Hospital Universitário de Emory, em Atlanta, e teve alta no dia 19 de agosto. Ela recebeu a droga experimental ZMapp.

Kent Brantly, 33 anos
O médico missionário americano, ligado à organização humanitária cristã Samaritan’s Purse, também foi infectado em julho enquanto trabalhava em um hospital na Libéria. Assim como Nancy, foi levado para os EUA depois do diagnóstico e tratado no Hospital Universitário de Emory, onde recebeu a droga experimental ZMapp. Ele teve alta em 21 de agosto.

Rick Sacra, 51 anos
O medico missionário americano de Boston foi infectado enquanto trabalhava em um hospital na Libéria para tratar mulheres grávidas doentes e realizar partos. Ligado à organização humanitária cristã SIM USA, ele foi levado para os EUA no dia 5 de setembro, depois do diagnóstico, e foi tratado no Nebraska Medical Center, na cidade de Omaha. Ele foi tratado com a droga experimental TKM-Ebola e recebeu transfusão de sangue de seus colegas que já tinham sido curados de ebola nos EUA e teve alta no fim do mês. No início de outubro, ele foi internado novamente com sintomas respiratórios, mas se recuperou.

Paciente não identificado
Um americano não identificado que contraiu ebola em Serra Leoa foi tratado no Hospital Universitário de Emory, em Atlanta, a partir do dia 9 de setembro. Em uma declaração divulgada na época, o paciente afirmou que estava se recuperando e esperava ser liberado do hospital em breve. Ele disse que queria manter sua identidade em sigilo.

Thomas Eric Duncan, 45 anos

O liberiano estava visitando Dallas quando começou a se sentir mal e buscou tratamento no Hospital Texas Health Presbyterian, em 25 de setembro. Ele foi inicialmente mandado para casa com antibióticos, apesar de ter dito à enfermeira que tinha acabado de chegar da Libéria. Em 28 de setembro, ele voltou ao mesmo hospital de ambulância. Ele morreu na área de isolamento da instituição depois de 11 dias.

Ashoka Mukpo, 33 anos

O cinegrafista americano freelancer que trabalhava para a rede NBC News na Libéria, quando foi diagnosticado. Ele foi levado para os EUA para ser tratado no Nebraska Medical Center. Seu estado de saúde continua melhorando. Ele foi tratado com a droga experimental brincidofovir, do laboratório Chimerix. A equipe que trabalhava com ele voltou aos EUA e foi colocada em quarentena depois de violar um acordo para permanecerem isolados voluntariamente.

Nina Pham, 26 anos

A enfermeira americana do Hospital Texas Health Presbyterian ajudou a tratar o liberiano Thomas Eric Duncan. A instituição anunciou em 12 de outubro que ela tinha sido infectada com o vírus e, dois dias depois, que ela estava em bom estado de saúde.

Amber Vinson, 29 anos

Ela foi a segunda enfermeira do Hospital Texas Health Presbyterian a ser diagnosticada com a doença. A instituição anunciou seu diagnóstico nesta quarta-feira (15). Um agravante foi o fato de que ela voou de Ohio para Dallas no dia anterior ao início dos sintomas, o que fez com que todos os passageiros do voo fossem contatados. Ela foi transferida para o Hospital Universitário de Emory, em Atlanta, ainda nesta quarta-feira.

Ao menos nove pacientes receberam tratamento para ebola na Espanha, Inglaterra, França, Noruega e Alemanha. Veja quem são os pacientes:

Miguel Pajares, 75 anos

O missionário espanhol Miguel Pajares, contraiu a doença no hospital Saint Joseph de Monróvia, onde trabalhava na Libéria para uma organização. O padre chegou à Espanha no dia 7 de agosto já muito debilitado e morreu no dia 12. O hospital onde trabalhou na Libéria é vinculado à ordem religiosa de São João de Deus. Pajares chegou a ser tratado com a droga experimental ZMapp.

Manuel García Viejo, 69 anos

O padre e missionário católico espanholcontraiu ebola em Serra Leoa e foi transportado para a Espanha em 22 de setembro. Mas não resistiu e morreu logo depois, em 25 de setembro, depois de ser atendido no Hospital La Paz, de Madri. Ele também foi tratado com a droga experimental ZMapp.

Teresa Romero, 44 anos
A enfermeira espanhola ajudou a tratar dos dois padres missionários que morreram de ebola na espanha e foi a primeira pessoa infectada pela doença fora da África nesta epidemia. Atualmente, ela está em condição estável e há sinais de esperança de uma recuperação. Ela está internada Hospital Carlos III de Madri.

William Pooley, 29 anos

O enfermeiro britânico William Pooley foi infectado enquanto trabalhava em Serra Leoa em uma ONG, onde participava da vigilância, busca de contatos e enterro das vítimas de ebola. Depois do diagnóstico, foi levado para a Inglaterra em 26 de agosto e foi tratado no Hospital Royal Free. Pooley foi um dos que recebeu a droga experimental ZMapp. Depois de ter alta, chegou a viajar para os EUA para doar sangue para um dos americanos infectados.

Enfermeira francesa não identificada

Uma enfermeira voluntária francesa ligada à organização Médicos sem Fronterias (MSF) que não teve sua identidade divulgada foi infectada por ebola enquanto trabalhava em um hospital da Libéria. Ela foi levada para a França no mês passado e tratada em um hospital militar perto de Paris. Depois de receber uma série de tratamentos experimentais, ela se curou e teve alta no dia 4 de outubro.

Médico senegalês não identificado

Um especialista senegalês da Organização Mundial da Saúde (OMS) que não teve seu nome divulgado foi infectado por ebola em Serra Leoa e levado para Hamburgo, na Alemanha, em 27 de agosto. Ele foi tratado no  Hospital Universitário de Hamburgo-Eppendorf (UKE), especializado em doenças infecciosas, foi curado e teve alta.

Médico ugandense não identificado
O médico ugandense contraiu ebola em Serra Leoa e foi levado a Frankfurt, na Alemanha, em 3 de outubro, para ser tratado no Hospital Universitário de Frankfurt. Ele trabalha para uma ONG italiana e cuidou de pacientes com a doença na África. Ele permanece em tratamento.

Médico sudanês não identificado

O médico e funcionário da ONU de 56 anos, que não teve o nome divulgado, foi infectado na Libéria. Depois do diagnóstico, ele foi levado para a Alemanha em 9 de outubro e ficou internado na Clínica St. Georg, em Leipzig, que tem instalações especializadas para receber esse tipo de caso. O homem não resistiu e morreu no dia 14 de outubro.

Médica norueguesa não identificada

A médica norueguesa da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) foi contaminada com o vírus ebola em Serra Leoa, onde trabalhava em uma missão humanitária, e foi repatriada à Noruega nesta em 6 de outubro. Ela permanece em tratamento no Hospital Universitário Ullval, em Oslo.
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