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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Gêmeas brasileiras nascem com cordões umbilicais entrelaçados

Foto: (Foto: Arquivo Pessoal/ Deborah Caldeira)

As gêmeas Laura e Beatriz, frutos de uma gravidez raríssima

As gêmeas Laura e Beatriz, frutos de uma gravidez raríssima

Há poucos dias, uma mãe australiana postou a foto dos cordões umbilicais entrelaçados de suas gêmeas, frutos de uma gravidez rara, monocoriônica e monoamniótica. Há algum tempo, outro caso dessa gestação, conhecida como mono-mono, ficou famoso pelo mundo, porque os bebês nasceram de mãos dadas. A carioca Deborah Caldeira revelou à CRESCER que suas filhas também nasceram com os cordões entrelaçados porque ela teve o mesmo tipo de gravidez. "Quando os médicos viram o cordão trançado, tomaram um susto! Foi inédito na vida dos profissionais que me atenderam", contou a mãe.


A gestação mono-mono

A gravidez monocoriônia e monoamniótica é caracterizada pelo fato de dois gêmeos idênticos compartilharem a mesma placenta e a mesma membrana amniótica. A incidência corresponde a 1% das gestações de gêmeos. Em metade dos casos, um ou dois bebês não resistem, justamente por conta do entrelaçamento dos cordões. Assim, os nove meses devem ser acompanhados com muita atenção pelo obstetra.

"Apesar de ser uma gestação de risco, a minha foi bem tranquila", diz Deborah, que descobriu que esperava gêmeas e que elas compartilhavam a mesma placenta e o mesmo saco gestacional na 5ª semana. "Tive um ótimo acompanhamento da minha obstetra e os incômodos que eu senti foram apenas os sintomas normais de qualquer gestação: enjoo, inchaço nas pernas... Com 26 semanas, viajei até para o exterior. Com liberação da médica, é claro!", conta a mãe.

Na 12ª semana, Deborah fez um exame de ultrassom que mostrou um vídeo marcante, em que as meninas interagem, ainda dentro do útero. "Foi emocionante!". (Assista ao vídeo no final da reportagem). Nesse dia, aliás, os pais ainda não sabiam que eram duas meninas. Eles descobriram um mês depois.Elas chegaram!"As meninas nasceram com apenas um minuto de diferença. Ao colher o sangue do cordão para guardar as células-tronco, tivemos que pegar das duas, pois, na mistura, já não poderíamos identificar de quem era quem", lembra Deborah. Laura e Beatriz nasceram no dia 17 de abril de 2015, às 8h16, por meio de uma cesariana. "Eu estava com 35 semanas e três dias quando a minha bolsa rompeu, de madrugada. Os médicos da equipe ficaram impressionados com o cordão, porque nunca haviam visto algo do tipo", disse ela.

De acordo com a mãe, o nascimento das gêmeas foi tranquilo e elas não precisaram ir para a UTI. Hoje, as meninas estão com três meses.

Assista ao vídeo do ultrassom de Deborah, na 12ª semana de gestação.
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