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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Hospital troca cirurgia de próstata por laser que 'vaporiza' glândula

Hospital troca cirurgia de próstata por laser que 'vaporiza' glândula
Um hospital particular de Brasília adotou uma técnica menos dolorosa e mais rápida para tratar pacientes com aumento de próstata: a vaporização do órgão. Com a ajuda de laser, médicos conseguem pulverizar a glândula e abrir passagem para a urina. O procedimento é feito com anestesia, dura 40 minutos e exige 36 horas de observação. A terapia convencional é cirúrgica e prevê pelo menos um mês para recuperação.


O quadro – conhecido como hiperplasia prostática benigna – é considerado comum, mas causa incômodo. Os principais sintomas são demora para começar a urinar, interrupção involuntária, diminuição da intensidade do jato e acordar diversas vezes à noite para ir ao banheiro. A identificação da doença ocorre por meio do exame do toque retal e biópsia.

“Pacientes que apresentam comorbidades como insuficiência renal, fazem uso de anticoagulantes [ou] apresentam próstatas muito volumosas podem ser beneficiados com essa tecnologia”, explica o urologista Frederico Messias.

Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que 80% dos homens com mais de 50 anos sofrem com o problema. Só no Brasil são 15 milhões nesta situação. A nova técnica já é usada nos Estados Unidos, na Inglaterra, na Alemanha e na Itália. Brasília é uma das oito cidades brasileiras a oferecer a alternativa. Coberto por poucos planos de saúde, o procedimento custa R$ 25 mil.

O aposentado Geraldo Felipe de Araújo, de 69 anos, passou pelo tratamento em julho. Ele conta que há cinco anos sofre com problema na próstata. O procedimento foi recomendado pelo médico.

“Ela [a glândula] murchou e eu não conseguia expelir a urina, não saía. Quando não conseguia jogar toda a urina fora, eu sentia dor, porque tinha a dor de toda a pressão que eu fazia na hora da urina, fora que a bexiga enchia demais”, explica.

O homem afirma que a recuperação foi rápida e indolor. Desde então, passa por acompanhamento com os médicos e faz exames regulares.

“Foi muito melhor do que fazer a cirurgia tradicional, que a fica uns três, quatro dias no hospital e sente muita dor por causa da raspagem que fazem na próstata”, afirma Araújo.

Procedimento

O calor emitido pelo laser desintegra a próstata, atingindo até três milímetros de profundidade. A terapia convencional é conhecida como ressecção transuretral e é feita com um bisturi elétrico. Com a ajuda de uma espécie de alça, o equipamento retira pequenos fragmentos da glândula e acaba provocando sangramentos.

Homens que queiram se submeter ao novo tratamento precisam, primeiro, passar por avaliação cardiológica completa e fazer exames de sangue e de urina. Depois de realizada a vaporização, devem ingerir bastante água e não fazer grandes esforços no intervalo de 15 dias.

De acordo com o urologista Frederico Messias, há expectativa de expandir o uso da técnica, adotada em julho. “Poderia ser usada para tratamento de tumores de bexiga”, afirma.
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