A China vai construir entre 2020 e 2025 o maior acelerador de partículas do mundo, que deverá permitir aos cientistas conhecer melhor o funcionamento do Universo.
"A concepção estará terminada antes de 2016", declarou ao jornal China Daily Wang Yifang, diretor do Instituto de Física e Altas Energias, subordinado à Academia de Ciências chinesa.
Se o projeto chinês vingar, será no mínimo duas vezes maior do que o Grande Colisor de Hadróns (LHC) do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN), instalado na fronteira entre a França e a Suíca.
Em 2012, o LHC permitiu confirmar a existência do chamado Bóson de Higgs, a partícula elemental considerada chave na estrutura fundamental da matéria.
Segundo Wang Yifang, "o LHC gera bósons de Higgs junto a inúmeras outras partículas, mas no futuro o colisor chinês criará um ambiente extremadamente puro que só produzirá Bósons de Higgs".
A nova instalação poderá gerar até sete vezes mais energia que o CERN, que acaba de quase dobrar sua potência.
A China, ao contrário de muitos países ocidentais que reduziram seus orçamentos em pesquisa, está investindo maciçamente em pesquisa fundamental e aplicada para converter-se no líder mundial das ciências.