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Terça-feira, 16 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Exército sem dinheiro para ajudar no combate ao ‘Aedes’

BRASÍLIA - Decidida há dez dias pelo governo federal, a ida do Exército ao Nordeste para ajudar no combate ao Aedes aegypti está travada por uma questão financeira. O estado de Pernambuco, onde já foram registrados 646 casos de microcefalia, malformação provavelmente causada pelo vírus da febre zika, transmitido pelo mosquito, ainda está negociando os custos de deslocamento e alimentação dos militares. Prefeitos da região se recusam a dividir a conta e vão cobrar da presidente Dilma Rousseff, que fará visita ao Recife neste sábado, um auxílio mais efetivo.


- Alguns prefeitos já receberam a sinalização de que terão de arcar com os gastos de combustível e alimentação dos militares. Se for assim, é preferível criarmos uma bolsa ou gratificação para mobilizar pessoas da própria comunidade. Os municípios não têm recursos -- afirma José Patriota (PSB), prefeito de Afogados da Ingazeira (PE) e presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe).Os prefeitos também cobrarão de Dilma a revogação de uma portaria, editada pelo Ministério da Saúde no meio deste ano, que estabeleceu o número máximo por município de agentes de combate a endemias pagos com recursos federais. Segundo Patriota, a medida acarretou, na prática, na demissão de cerca de 40% dos profissionais nos municípios. Segundo ele, os que tinham caixa ainda mantiveram os agentes. Outros já dispensaram parte do efetivo.O Exército, via assessoria de imprensa, confirmou que os custos da mobilização ficarão por conta da Secretaria de Saúde de Pernambuco, mas não detalhou os valores. Segundo o órgão, cerca de 200 militares lotados em quatro cidades do estado -- Recife, Petrolina, São Bento do Una e Garanhuns -- começaram uma qualificação sobre como combater o Aedes aegypti nesta sexta-feira. Mas, ainda de acordo com o Exército, não houve, por enquanto, ações de campo.

A Secretaria de Saúde de Pernambuco respondeu por meio de nota. “Os cronogramas de ações estão sendo fechados e devem ser divulgados já na próxima semana. Os custos também estão sendo negociados”, diz o comunicado. Pernambuco é o centro da epidemia de microcefalia no país, com 646 casos. No Brasil, foram registrados 1.248 ocorrências este ano, contra 147 em 2014.

O Ministério da Saúde confirmou, no último fim de semana, que o surto tem relação com o vírus da febre zika, transmitido pelo Aedes aegpyti. A microcefalia é uma malformação em que os bebês nascem com a cabeça menor que o normal e que, em 90% dos casos, leva ao retardo mental. Em determinadas situações, pode levar à morte. Antes da epidemia de microcefalia, a febre zika era considerada de menor gravidade. Dengue e zika, mais a febre chicungunha, são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti.
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