O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), decidiu em uma reunião nesta manhã (12), em conjunto com os conselhos e sindicatos da área da saúde, enviar um oficio ao Ministério Público Estadual, nas próximas 48 horas, com uma reivindicação por mais vagas em concurso para a profissionais da área. Isso se deve ao fato de grande parte dos postos de serviços estão ocupados por contratados que não tem direitos trabalhistas como o Fundo de Garantia, 13° salário ou qualquer outro estímulo de carreira e isso reflete diretamente na população. O procurador Alexandre Guedes deverá acompanhar o caso.

“O que  temos são muitos funcionários contratados e isso deveria ser feito apenas em situação emergencial”, declarou o deputado, que também disse não entender o porque de não existirem vagas destinadas à saúde no concurso aberto pelo Governo do Estado. “Não há explicação clara ou justificativa, talvez queiram fazer um concurso apenas para a saúde”, ponderou.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina, Arlam de Azevedo, a falta de concursos públicos para a área ocasiona um déficit no interior do Estado. Ele explica que como o funcionário contratado não possui qualquer estimulo de carreira, ou segurança trabalhista, ele troca de emprego quando for possível. O fato causa uma perda de todo o investimento em qualificação feito durante o período no qual o funcionário trabalhou para o Estado.

Outra preocupação de Arlam é que como há um déficit de funcionários no interior, os próprios prefeitos estão preferindo terceirizar o setor ou investir em ambulâncias e microônibus para encaminhar os casos para a capital. "No interior o caos é maior e por isso mandam tudo para Cuiabá, onde já falta ortopedistas por exemplo", lamentou o presidente do conselho.

Atualmente, o governo gasta cerca de R$ 8 milhões ao mês apenas com funcionários contratados. Contudo, não há um número exato de quantos contratos em vigor existam.